Jailton Pereira dos Santos foi condenado na quinta-feira (4) a mais de 28 anos de prisão pelo feminicídio de Mariana Agostinho Defensor, em setembro de 2024 em Ivinhema, município da região sul de Mato Grosso do Sul, a 272 km da capital Campo Grande. Ele matou a esposa com mais de 50 facadas.
O réu foi a júri popular na 1ª Vara da comarca. O Conselho de Sentença deliberou que Jailton é culpado do crime, e o juiz, Rodrigo Barbosa Sanches, setenciou o réu a 26 anos e 8 meses de reclusão por homicídio qualificado, mais 1 ano e 4 meses pela ocultação de cadáver, além de 12 dias-multa, totalizando 28 anos de prisão em regime fechado.
O réu aceitou a sentença e a defesa informou ao Ivinotícias que não irá recorrer. A irmã de Mariana, Luciana Defensor, disse que agora o foco da família é cuidar dos filhos do caso.
“Difícil voltar a relembrar os detalhes [do crime]. Agora, o foco é nas crianças, né? A mãe não vai voltar, a filha não vai voltar, a tia não vai voltar, mas a gente tem que cuidar das crianças. Essa é a nossa vida agora, estamos bem cansados, de muita dor, de muita luta por justiça. Mas a maior justiça agora é de Deus”, disse.
Marido matou Mariana com 58 facadas, 17 no rosto
No dia 23 de setembro de 2024, Mariana, de 32 anos, foi dada como desaparecida. Horas depois, o carro dela foi encontrado e Jailton inconsciente após uma tentativa de suicídio. Depois de receber atendimento médico, ele confessou que matou a esposa na frente das filhas de 1 e 3 anos.
A perícia apontou que o réu matou a esposa com 58 facadas, sendo 17 delas no rosto, ocultando o corpo em um canavial logo depois. O motivo seria uma discussão antes do crime, já que Mariana se recusou a acompanhar Jailton em uma festa.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
(Revisão: Bianca Iglesias)