Promotor chora no Tribunal do Júri em caso de execução do ‘Playboy da Mansão’
Promotor de Justiça chorou durante sua fala no Tribunal do Júri
Diego Alves, Lucas Caxito –
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O promotor de Justiça, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, chorou durante sua fala no Tribunal do Júri na noite desta quarta-feira (18) no caso do assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, o ‘Playboy da Mansão’. Everaldo Monteiro, Jamil Name Filho, Rafael Antunes Vieira e Marcelo Rios sãos os réus acusados pelo crime.
“Estamos apagando as luzes deste salão e daqui pra frente é papel. Me coube a função de falar os derradeiros minutos. Luciana evocou o hino da Polícia Civil, e no hino carrega um pedaço que pode ser cantado: ao povo eu dou proteção, é meu dever servir. E assim eu faço há 30 anos”, disse o promotor que começou a chorar.
Funcionária de telefonia recebeu R$ 2 mil de policial federal para dar informações aos Name
O policial federal Everaldo Monteiro, um dos réus pela morte de Marcel, é acusado de pagar R$ 2 mil para a funcionária de uma empresa de telefonia passar informações à família Name.
O promotor Gerson Eduardo de Araújo fez a declaração durante o julgamento. Conforme ele disse, Everaldo protegia informações sem backup e mandava para o próprio e-mail.
“Está comprovado que o Everaldo usava pesquisas de interesse de Name Filho e também de colegas. Teve a pagar R$ 2 mil para funcionária de empresa de telefonia para pegar informações que só podia passar para juiz”, disse Gerson.
Mais cedo, o promotor Douglas Oldegardo afirmou no plenário que mandante não passa recibo. “Não tem áudio, bilhete, mensagem em que Jamil fala para matar o Marcel. Não existe”.
Playboy da Mansão
A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.
Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.
Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.
Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.
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