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Polícia

Padrasto suspeito de agredir bebê em coma na Santa Casa é ouvido e liberado de delegacia

Ele não ficou preso por não haver mandado de prisão e porque não estava em situação de flagrante
Mirian Machado, Aline Machado, Thatiana Melo -
Padrasto suspeito de agredir criança chega à DEPCA (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O padrasto conduzido para a delegacia na tarde de terça-feira (30) após ser encontrado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) caminhando na BR-262 em , foi ouvido na (Delegacia Especializada de à Criança e ao Adolescente) e liberado. Ele é suspeito de agredir o bebê de 2 anos que está em coma e internado em estado gravíssimo na Santa Casa desde a terça-feira (23).

Conforme apurou o Jornal Midiamax, ele não ficou preso, por não haver mandado de prisão expedido e porque não estava em situação de flagrante.

O homem foi encontrado por policiais da PRF andando pela rodovia. Ao ser abordado, ele estava sem documentos e tentou repassar dados falsos, por isso foi levado até a delegacia de Terenos, onde constataram que ele era suspeito de agredir o bebê. Diante da informação, ele foi levado para a DEPCA, para prestar esclarecimentos.

A mãe do bebê, assim como a irmã mais velha, já foram ouvidas na delegacia.

Irmã mais velha do bebê. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Pai do bebê soube do caso por terceiros

O pai biológico do bebê, assim como da menina, de 4 anos, soube do caso envolvendo o filho através de terceiros. 

Conforme a advogada dele, Eleudi Silva, ele respondia um processo em liberdade. “Como ele não tem aparelho celular, não compareceu aos autos do processo e o Ministério Público Estadual pediu pela prisão dele. Foi preso no fim do ano passado e solto recentemente”, lembrou.

O homem estava trabalhando em uma cidade no interior do Estado e assim que descobriu a situação veio para a Capital.

Ele buscou a filha na casa da avó materna, mas o Conselho Tutelar aconselhou a devolver para ingressar por meios legais. “Ele é pai da menina, mas não consta no registro de nascimento porque ela foi registrada pela avó materna, como se fosse filha dela”, explicou a advogada.

A advogada afirma que o caso é negligência do Estado, pois as crianças estavam vulneráveis. “O Conselho só aparece para estatísticas, nunca aparece para intervir de fato”, reclama.

Agressão de padrasto

O depoimento da avó, o qual o Jornal Midiamax teve acesso, cita ainda possíveis agressões que o menino e a mãe teriam sofrido por parte do atual padrasto.

À polícia, a avó contou que ficou sabendo pela filha que o neto teria caído, mas não soube como e nem onde os fatos teriam ocorrido. Ela diz que recebeu uma ligação do hospital na terça-feira passada – dia 23 –, sendo informada que teria ocorrido um acidente com o neto e que ela precisaria ir até lá buscar a irmã do menino.

No entanto, a avó não tinha condições de ir à e pediu ajuda a um conhecido para buscar a criança.

O pai das crianças – ex-detento que deixou o presídio recentemente – disse à avó do menino que já havia buscado a outra filha, de 4 anos, após saber do suposto acidente e dito que o menino teria morrido, por isso tinha o direito de levar a filha, conforme relato da avó.

Ao chegar no hospital, ela descobriu que ninguém havia ido visitar a criança e soube que era mentira que o neto teria morrido. O médico teria dito a ela que o menino chegou muito machucado e com a ‘cabeça rachada’. 

Questionada pela equipe policial se a filha seria capaz de fazer algum mal para o menino, ela teria dito que acredita que tenha sido o namorado da menina, pois já teria ficado sabendo que a mãe e as crianças teriam sido agredidas pelo rapaz.

A avó ainda disse em depoimento que a filha estava com o olho roxo, pois teria se envolvido em briga com ex-colegas da escola. Mesma versão também relatada pela filha à polícia ao ser questionada sobre o machucado no olho.

Hospital denunciou suposto acidente

Conforme o boletim de ocorrência, a criança deu entrada na Santa Casa na tarde de terça-feira (23) e ficou no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em estado gravíssimo. A criança foi levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

Os médicos disseram à polícia que o menino apresentava lesões incompatíveis com o relato da mãe, de que a criança teria caído de um degrau.

O Conselho Tutelar também foi acionado.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o hospital para saber o estado de saúde da criança. A última atualização é de que o menino segue em estado grave, em observação clínica rigorosa de leito de UTI Pediátrica. 

Ele deu entrada às 13h31 da tarde de terça-feira com diagnóstico inicial de trauma cranioencefálico grave. No depoimento, consta que o menino perdeu massa encefálica.

Foto: Padrasto suspeito de agredir criança chega à DEPCA (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

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