Médicos acusados de morte de paciente por negligência são absolvidos em MS

Vítima procurou ajuda na unidade de saúde por quatro vezes

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(llustrativa)

A Justiça absolveu quatro médicos acusados da morte do paciente Hari Troele, em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande. Os médicos foram acusados de negligência. O caso aconteceu em 2011 e a sentença de absolvição foi publicada nesta terça-feira (26).

A absolvição ocorreu 13 anos depois da morte de Hari Troele. De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público Estadual), no ano de 2011, a vítima procurou o Hospital Municipal, em razão de dores fortes que sentia em seu abdômen. Nessa ocasião ,ela foi diagnosticada com verminose e recebeu prescrição de medicamentos para tratar a enfermidade em casa.

Após quatro dias, a vítima queixou-se a seu de fortes dores abdominais, razão pela qual este a orientou a retornar ao hospital. Neste dia, Hari fez um exame de sangue, no entanto, nada foi diagnosticado. Nos dias posteriores ao hemograma, as dores abdominais persistiram na vítima, a impedindo de dormir ou se alimentar, sendo que, nesse ínterim, a mesma passou por procedimento de vasectomia, ficando afastada do serviço para se recuperar. 

Contudo, ao voltar a trabalhar, a vítima reclamou  novamente ao chefe de dores sendo levado ao hospital novamente. Neste dia um dos médicos denunciados informou que a vítima estava com um tumor no intestino, coletou material dela para biópsia e a liberou

Nos dias 7 de dezembro e 10 de dezembro, a vítima foi levada para o hospital pelo chefe, sendo atendida por outra médica denunciada por negligência, que apesar de estar ciente do tumor de intestino não pediu qualquer outro exame, e a deixou a vítima voltar para casa.

Já no intervalo dos dias 8 de dezembro, como as dores persistiram, a vítima voltou ao hospital, tendo sido atendida por outro médico plantonista que foi denunciado também. Ele só ministrou  analgésico intravenoso e remédio intramuscular e foi liberado em seguida.

Na data de 11 de dezembro, outro médico atendeu a vítima no Pronto Socorro do Hospital Municipal, sendo que, durante a consulta, percebeu o estado grave da mesma, estava ciente de que Hari necessitava de internação, no entanto, apenas ministrou medicação de alívio dos sintomas e deixou voltar para casa.

Logo depois foi pedido a transferência da vítima para outro hospital, mas no dia 16 de dezembro, Hari acabou morrendo em razão de choque séptico, abdome agudo perfurado e neoplasia do intestino. Assim, o resultado morte foi ocasionado pelos denunciados que não prestaram atendimento correto à vítima, errando culposamente ao tratarem sua enfermidade sem cautela, com imprevidência acerca da doença da mesma, o que contribuiu para o desfecho letal, segundo denúncia do MPMS.

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