A morte da salgadeira Cleide Alves da Silva, de 53 anos, deixou familiares e conhecidos incrédulos. Pelas redes sociais, amigos se despediram de Cleide e a definiram como “maravilhosa e guerreira”. A morte foi confirmada na madrugada deste sábado (30), dois dias após a vítima dar entrada Santa Casa de Campo Grande.
Ela foi vítima de acidente na MS-040, saída para Santa Rita do Pardo, na última quinta-feira (28). Uma conhecida da vítima comenta o período em que Cleide ficou internada em estado gravíssimo. “Lutou até o fim. Mulher guerreira, trabalhadora. Que Deus venha confortar sua família nesse momento, uma tragédia lamentável”, publicou.
O óbito foi confirmado por familiares. Na sexta-feira, sofreu falência dos órgãos, no entanto, o coração estava funcionamento e a família tinha esperanças de que o quadro de saúde fosse revertido. “Infelizmente a tia Cleide não resistiu e morreu nesta madrugada”, disse uma sobrinha da vítima, que deixa um casal de filhos.
Um ex-colega de trabalho de Cleide conta que a salgadeira foi “uma pessoa maravilhosa”, e aproveita para pedir um descanso pleno para a vítima. “Que Deus receba ela com braços abertos e que o espírito santo seja o maior consolador de toda a família”, escreve em comentário nas redes sociais.
Outra conhecida da salgadeira relembrou o ímpeto que tinha com o serviço. “Cleide era uma pessoa incrível. Tão trabalhadeira, guerreira. Não estou acreditando ainda”, escreveu.
Alguns clientes da salgadeira, que costumava vender café e salgados na beira da rodovia em que foi atropelada, também comentaram pesar pela morte de Cleide. “Uma pena. Sempre que ia viajar pela 040 tomava um café lá com ela”, diz um comentário. “Que triste, eu ainda passei por lá esses dias e deixei pães caseiro para ela experimentar”.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento de Cleide Alves da Silva.
Acidente
Cleide vendia salgados na beira da MS-040 na manhã em que foi atropelada. O motorista do caminhão relatou ao Jornal Midiamax, bastante abalado, que Cleide teria levado um café para ele do outro lado da pista. Ele imaginou que a vítima tinha atravessado, no entanto, ela estaria na frente do caminhão.
O motorista conta que deu partida, no entanto, ouviu um barulho e sentiu o caminhão pesar. Nesse momento, imaginou que um pneu tivesse estourado. Quando saiu para ver o ocorrido, encontrou a salgadeira caída.
Conforme a Polícia Militar que atendeu a ocorrência, a salgadeira teve exposição de vísceras e foi socorrida em estado grave pela Ursa (Unidade de Suporte e Resgate Avançado) do Corpo de Bombeiros. Ela passou por cirurgia, chegou a ficar em coma no CTI (Centro de Terapia Intensiva) e teve uma das penas amputadas.
