Justiça nega prisão domiciliar e remarca julgamento para mãe e padrasto de Sophia

Julgamento foi remarcado para os dias 4 e 5 de dezembro

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Christian e Stéphanie em dezembro passado durante audiência. (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

A Justiça negou o pedido de prisão domiciliar de Stephanie de Jesus da Silva e remarcou para dezembro o júri pela morte da menina Sophia OCampo, de 2 anos. O júri iria ocorrer em novembro. A mãe de Sophia tentou separar o julgamento do padrasto da menina, Christian Campoçano Leitheim.

A defesa de Stephanie de Jesus da Silva entrou com pedido para que ela fosse colocada em prisão domiciliar, além da nulidade da decisão de pronúncia, o que foi negado no dia 14 deste mês. Já sobre o adiamento mais uma vez do julgamento, o magistrado Aluísio Pereira foi enfático ao dizer que seria a última mudança que faria em relação à data do julgamento. “Agora pede pela segunda vez adiamento ao argumento de que tem compromissos com viagem marcada em tais datas, inclusive, juntou passagens aéreas, fls. 4.118. Ocorre que essa mesma acusada alega em excesso de prazo para julgamento e tenta através de HC no TJ/MS”, fala o juiz.

“Neste ponto, registro que não tenho mais nenhuma data para remarcar neste ano/24. porquanto realizei júris pre-agendados nas quartas e sextas até dezembro/24 e daí em diante não tem como programar mais júris em razão de prestação de contas com o orçamento anual de custos dos júris junto ao TJMG. Outrossim, nas datas sugeridas pelos promotores (25 e 26-11) este magistrado tem 9 (nove) audiências previamente marcadas (sendo 3 de réus presos) com 6 (seis) acusados e 32 (trinta e duas) testemunhas a serem inquiridos, inclusive, de presos”, fala o Aluísio Pereira.

O juiz do caso remarcou as novas datas para os dias 4 e 5 dezembro para os julgamentos de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim. “Por fim, são quatro promotores designados, na falta ou impossibilidade de um, os demais podem fazer regularmente. E para arrematar também são quatro advogados, valendo o mesmo raciocínio supra”, finaliza.

Anteriormente o júri havia sido remarcado para os dias 21 e 22 de novembro. Antes o júri estava marcado para os dias 27 e 28 de novembro. 

Assassinato de Sophia

Sophia morreu em janeiro de 2023, após passar por várias internações. Assim, as investigações mostraram que a mãe levou a menina até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.

Além disso, a polícia identificou indícios de estupro na vítima. Ainda durante as investigações, uma testemunha contou que após receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.

Também uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe dizer que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.

Essa versão é contestada pelo médico legista, que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha.

Por fim, a autópsia apontou que Sophia pode ter agonizando por até seis horas antes de morrer. Após o início das investigações, a polícia prendeu o padrasto e a mãe da menina. Eles seguem presos.

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