Júri desclassifica crime e Lyennan é condenado a 10 anos por lesão corporal seguida de morte de Brenda
Ele ainda foi condenado a pagar R$14 mil de indenização sem direito a recorrer em liberdade
Mirian Machado –
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Lyennan Camargo Mattos de Oliveira foi condenado a 10 anos e 8 meses de prisão por matar a namorada Brenda Possidonio de Oliveira, de 25 anos. A vítima morreu com facadas no pescoço, no bairro Vila Nathalia, em Campo Grande, em junho de 2023.
O Conselho de Sentença desclassificou o crime de homicídio qualificado por feminicídio para o crime de lesão corporal seguida de morte.
O acusado ainda foi condenado a pagar 10 salários mínimos de indenização, o que equivale a R$14.120.
O juiz negou o direito de recorrer em liberdade, portanto ele segue preso.
Durante julgamento Lyennan disse que não tinha a intenção de matar Brenda e que o crime aconteceu durante uma briga do casal e a tentativa dele tomar a faca das mãos da namorada. Em seguida, ele contou que tudo começou quando ela viu mensagens trocadas com a ex-mulher em que falavam do filho do casal.
‘Sem querer’
Aos jurados ele contou que Brenda jogou celular nele duas vezes. “Ela jogou o celular no meu rosto e correu para o quarto de novo. Eu dei uns dois socos na porta para tentar abrir, aí ela abriu de novo a porta e jogou o celular em mim. O filho adotivo dela acordou e eu pedi para ele correr e chamar alguém, para evitar o pior”, disse no júri.
Ainda segundo sua declaração para os jurados, Lyennan afirmou que Brenda o esfaqueou duas vezes, mas conseguiu “pegar a faca” e atingir a mão dela. De acordo com ele, ela ainda pegou álcool para tentar atear nele. Nisto, os dois entraram em luta. “Acabei desferindo o golpe nela sem intenção”. Brenda acabou atingida no pescoço e outra perto do peito.
Quando questionado porque estava com a faca nas mãos ao ir atrás de Brenda, Lyennan falou que era para intimidá-la para que abrisse a porta. Ele ainda falou que no dia foi esfaqueado duas vezes por ela.
Ainda afirma que a facada que atingiu o pescoço de Brenda foi durante a luta para tirar a faca dela. “Virei a mão dela para tentar retirar a faca e acabou atingindo o pescoço”. Lyennan confirma que o menino correu atrás dele. “Disse que eu tinha matado a mãe dele”.
A família de Lyennan, que também foi ouvida no plenário, disse que ele não é um monstro. “Sempre fomos uma família tradicional. Estão expondo como se ele fosse monstro, isso não procede”, disse Luana Camargo de Oliveira, irmã do réu.
A irmã afirmou, ainda, que Lyennan era feito de ‘gato e sapato’ em relacionamentos anteriores, e apenas o relacionamento com Brenda era conturbado. “Esse b.o. de violência doméstica foi a mãe da menina que fez ela fazer”, falou.
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