Policiais prenderam um homem, de 35 anos, na tarde de quinta-feira (15). Testemunhas denunciaram que ele estaria com a arma usada na tentativa de assassinato do vendedor de redes em uma borracharia, na Vila Piratininga, em Campo Grande.

A denúncia anônima foi feita aos policiais do Batalhão de Choque. Assim, a informação era de que um mecânico estaria guardando a arma usada no crime, na quarta-feira (14), em sua oficina de motos, no bairro São Conrado. 

Então, os policiais foram até o local e questionaram o mecânico. Ele afirmou que um amigo pediu para guardar a arma, que estava escondida em um balde plástico.

Assim, os militares apreenderam a pistola Taurus, calibre .380, 9 munições, dois carregadores e dois aparelhos celulares. Também prenderam em flagrante e levaram o suspeito para a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios de Proteção à Pessoa).

Tentativa de assassinato

O vendedor de redes esteve naquela manhã na borracharia onde calibrava o pneu de seu carro. Em certo momento, uma pessoa a pé, mas com capacete, chegou e efetuou o disparo certeiro na cabeça da vítima.

Equipes ainda socorreram o homem, que foi levado para a Santa Casa. Ele permanece internado. No local, a Perícia recolheu um estojo de munição calibre .380.

Morte de ex-PM e envolvimento com Novo Cangaço

A vítima é acusada de ser integrante da quadrilha que matou o ex-PM Geraldo Bandeira César. O ex-militar era conhecido como cabo Bandeira, de 59 anos, e o crime ocorreu em 2019, em Pombal, no Sertão da Paraíba.

Assassinato de ex-policial na Paraíba, em 2019. (PCPB)

A mesma quadrilha é acusada de assaltar uma joalheira em São Bento, também na Paraíba. Além disso, o vendedor seria responsável por dar apoio logístico para ‘Novo Cangaço’ em MS.

Em 2019, o grupo assassinou o ex-policial com pelo menos nove tiros nas costas, perto do sítio onde mantinha uma criação de porcos, segundo o site local ClickPB. Porém, meses antes ele já havia sofrido uma tentativa de homicídio no mesmo local, às margens da BR-427. 

Ainda segundo o site local, a corporação expulsou o então PM por causa de homicídios praticados. Criminosos da região o consideravam ‘X-9’.

Outro site da região, WSCom informa que, na época do assassinado do policial, o vendedor, conhecido como ‘Pimentinha’, teria saído de MS com outros dois comparsas. A intenção do grupo era de praticar homicídios, roubos e tráfico de drogas na Paraíba.

Em 2022, ‘Pimentinha’ foi preso na Vila Carvalho em Campo Grande, acusado de dar apoio logístico para o ‘Novo Cangaço’ em Mato Grosso do Sul. Na época, ele foi preso por policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

Nessa ocorrência, os policiais tinham a informação de que um foragido da Paraíba estava na Capital. Também que ele integrava o grupo criminoso, especialista em assaltos a agências bancárias na região nordeste do país. 

Assim, os agentes prenderam o suspeito em casa. No imóvel os policiais ainda apreenderam uma pistola Glock calibre .40, além de 80 munições nacionais e estrangeiras.

Também localizaram três veículos, três celulares e R$ 2.976,00 em espécie.