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Polícia

Família faz velório na rodovia e ameaça abrir asfalto para enterrar indígena atropelado em Dourados

Indígenas querem providências das autoridades para instalar redutores na rodovia
Victória Bissaco, Marcos Morandi -
Familiares e lideranças em protesto na rodovia - (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

Lideranças indígenas velam, na manhã desta quarta-feira (31), o corpo do indígena Catalino Gomes Lopes, de 49 anos. O velório é realizado no trecho bloqueado entre as avenidas Presidente Vargas e Guaicurus, no Anel Viário de Dourados, onde o ciclista foi atropelado por uma caminhonete Hillux.

O bloqueio ocorre desde as primeiras horas desta manhã. Os manifestantes indígenas estão ao lado do caixão com o corpo da vítima, na rodovia. O protesto é acompanhado de cartazes com os dizeres: “Chega de repressão e homicídio contra Guarani e Kaiowá”.

Após o , o motorista e ocupantes da caminhonete precisaram ser retirados do local pela PM (Polícia Militar), devido ao clima de revolta entre populares da região, que cercaram viatura do e pediram para o motorista ser entregue.

Ao Jornal Midiamax, Valderi Garcia, liderança indígena da região, explicou que o protesto é uma forma de pedir a instalação de redutores de velocidade no trecho onde o ciclista foi atropelado. Ainda, pedem a presença de autoridades municipais, estaduais ou federais no protesto.

“Quanto mais rápido possível, é melhor para nós, porque a gente também se cansa do trabalho. Se eles chegarem e resolverem o problema, a gente já libera o trecho e fica tudo normal”, explicou Valderi Garcia.

O local do velório foi escolhido pela própria família. As lideranças indígenas explicaram, ainda, que, caso o problema não seja resolvido, pretendem cavar um buraco no próprio asfalto e enterrar o corpo de Catalino ali mesmo. “Isso é uma pressão, espero que não chegue a esse ponto, mas a violação do nosso direito está tão alta que a gente é capaz de muita coisa”, explicou Valderi.

Atropelamento

Catalino Gomes Lopes, morreu atropelado por uma caminhonete Toyota na Avenida Guaicurus, em , a 225 quilômetros de . Ele tinha 49 anos. O acidente aconteceu no fim da manhã desta terça-feira (30) nas proximidades da MS-156, região do Anel Viário Norte, enquanto o indígena atravessava a avenida.

Uma equipe da Perícia Técnica também esteve no local realizando os trabalhos e, assim que o corpo da vítima foi retirado, diversos indígenas cercaram a caminhonete envolvida no atropelamento e ameaçaram atear fogo na Hilux, segundo o boletim de ocorrência.

O motorista da Hilux e os passageiros foram submetidos ao teste de bafômetro e ouvidos na Depac de Dourados.

O caso foi registrado como “sinistro de trânsito com vítima fatal provocado pela própria vítima” e “dano qualificado, se o crime é cometido contra o patrimônio da União, Estado, município, empresa concessionária de serviços públicos”.

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