Ex-PM em MS e braço direito de Rafaat quebra tornozeleira e foge durante tratamento médico

Belo teve autorização para deixar presídio para cirurgia no dia 9 de setembro

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O ex-policial militar Adair José Belo, apontado como braço direito do narcotraficante Jorge Rafaat e sócio de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, fugiu após sair do presídio para tratamento médico. Ele usava tornozeleira eletrônica.

Adair rompeu a tornozeleira e fugiu, segundo a UMVE (Unidade de Monitoramento Virtual Eletrônico). Belo tinha deixado a penitenciária para fazer cirurgia e precisaria ficar em tratamento por três meses. 

Belo foi condenado a 12 anos de prisão. Ele conseguiu liberação no dia 9 de setembro deste ano, depois de despacho do juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande. O magistrado autorizou a saída do presídio para a realização de cirurgia em um hospital particular. 

“Conforme relatório médico de evento 138.3, o sentenciado possui ‘perda de força súbita em braço esquerdo com piora progressiva, associado a perda de sensibilidade em braço esquerdo’, ao passo que ‘tem indicação de cirurgia de artrodese e descompressão coluna cervical de urgência, devido ao risco de progressão do déficit neurológico caso haja piora’”, disse o magistrado.

Foi autorizado pela Justiça 90 dias de tratamento, sendo que o ex-PM teria de usar tornozeleira eletrônica enquanto estivesse em prisão domiciliar. Mas, no dia 1º de novembro deste ano, ele rompeu a tornozeleira e desapareceu, conforme ofício do diretor da UMVE, Maycon Roslen de Melo, encaminhado à Justiça no dia 5 do mês passado.

“Informamos que foram feitas diversas tentativas de contato com o monitorado pelo número informado a esta UMMVE sem sucesso. Oportuno mencionar também que foi realizada fiscalização pelo GRUPAMENTO DE AÇÕES E FISCALIZAÇÃO PENITENCIÁRIA – GAFIP, sendo que o equipamento eletrônico não foi recuperado”, informou.

“Além disso o Provimento Nº 151, DE 26 DE JANEIRO DE 2017 estabelece que a monitoração eletrônica poderá ser revogada se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave Nesse sentido, ficará a cargo do poder judiciário adotar as medidas legais pertinentes acerca do rompimento do equipamento do monitorado”, relatou. 

Belo é acusado de ser pistoleiro de Rafaat e sócio de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”. Conforme investigação da Polícia Federal, ele era um dos apoiadores da organização criminosa chefiada pelo bandido.

Braço direito de Rafaat

Jorge Rafaat Toumani, foi executado em junho de 2016 com tiros de metralhadora antiaérea, quando tentava expulsar o PCC (Primeiro Comando da Capital) na Fronteira do Brasil com o Paraguai, para voltar a controlar o tráfico de armas e drogas.

Adair é apontado por ter atirado na nuca do próprio tio, no dia 23 de dezembro de 2017, antevéspera de Natal, em uma fazenda na região de Cerejeiras, em Rondônia. A tentativa de homicídio ocorreu durante uma confraternização na fazenda. Diversas pessoas estariam presentes fazendo uso de bebidas alcoólicas.

Porém, de acordo com divulgado pela imprensa da região na época, durante um desentendimento entre Adair e seu tio, o ex-PM se apossou de uma arma e disparou contra a nuca do parente. Logo após o tiro, o filho da vítima entrou em luta corporal com o suspeito.

Testemunhas socorreram a vítima até ao Hospital São Lucas na cidade de Cerejeiras. Após receber atendimento médico, a vítima em estado grave foi encaminhada para o HRC (Hospital Regional de Cacoal).

Buscas foram realizadas na fazenda e um revólver 357, uma pistola 9 mm adaptada para disparar sem interrupção e diversas munições calibres 22 e 12, foram encontradas. Adair não foi preso, está sendo procurado pela polícia.

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