Defesa pede adiamento de audiência de jornalista que matou mulher em acidente em Campo Grande
Justiça negou adiamento e audiência deve ocorrer nesta quarta-feira (2)
Thatiana Melo –
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A defesa do jornalista Guilherme Pimentel, acusado de matar Belquis Maidana, de 51 anos, em um acidente de trânsito na Rua Antônio Maria Coelho, no dia 9 dezembro de 2023, pediu pelo adiamento da audiência marcada para esta quarta-feira (2), mas teve o pedido negado pela Justiça. No dia 11 de setembro, Guilherme não compareceu à audiência alegando estresse pós-traumático.
Nesta segunda-feira (30), a Justiça negou o pedido para adiar a audiência, assim a sessão foi mantida para a quarta-feira (2), onde devem comparecer as testemunhas de defesa.
A defesa do jornalista alegou que ele estaria trabalhando em campanha eleitoral e que suas testemunhas também, o que dificultaria o comparecimento. “A Defesa requer a redesignação da audiência agendada para 2-10-2024, para o que justifica que a maioria de suas testemunhas é constituída por jornalistas e publicitários que estão trabalhando nas campanhas eleitorais”.
Estresse pós-traumático
No dia da primeira audiência, o advogado pediu a dispensa de Guilherme na audiência alegando estresse pós-traumático. A defesa apresentou um atestado psicológico ao Poder Judiciário, em que cita que o jornalista faz acompanhamento desde 30 de outubro de 2020.
“Apresenta momentaneamente, sintomas relativos a estresse pós-traumático, necessitando do afastamento de situações que possam comprometer seu estado de saúde mental”, consta no atestado psicológico.
Em junho deste ano, o juiz determinou que o jornalista vai a júri popular. A decisão ainda traz que: “Requer-se ainda a fixação na sentença do valor mínimo para reparação de danos causados pela infração, consistente no valor da fiança de cinquenta salários-mínimos – sessenta e seis mil reais – à época, nos termos do Artigo 387, Inciso IV do Código de Processo Pena”.
O acidente
Policiais militares prenderam Guilherme em flagrante após o acidente que terminou na morte de Belquis Maidana, de 51 anos. A Polícia Civil indicou que o carro que o jornalista dirigia estava a 100 km/h.
Ainda conforme a polícia, Guilherme estava na casa de seu companheiro às 5h30 da manhã de um sábado, 9 de dezembro de 2023, onde os dois beberam vinho. Logo depois, o assessor saiu dirigindo o Toyota Etios, carro oficial do Governo, quando ocorreu o acidente na Rua Antônio Maria Coelho.
Então, Guilherme colidiu o carro contra a Honda Biz azul, no cruzamento com a Rua Bahia. Também segundo a polícia, o motorista furou o sinal vermelho, atingindo a moto e a arrastando por 25 metros.
Apesar do flagrante, o jornalista se recusou a fazer o teste de bafômetro. No entanto, os policiais identificaram sinais de embriaguez, sendo constatada em termo.
Assim, Guilherme foi ouvido na delegacia e contou que esteve com o namorado. Também relatou que seguia para o trabalho, pois estava de plantão na Segov. Depois, o jornalista permaneceu detido na delegacia, até a audiência de custódia.
O caso é tratado como homicídio simples, por considerar que o jornalista assumiu o risco de provocar o acidente. Isso, porque ingeriu bebida alcoólica, estava acima da velocidade permitida e também por furar o sinal vermelho.
Ele ainda responde por lesão corporal de natureza grave e por conduzir veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.
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