Cabeleireira morta com tiro na nuca pelo namorado estaria grávida e sob efeito de drogas antes de feminicídio

Horas antes do crime, a cabeleireira Aline Mayara Boni, de 24 anos, foi levada pela PM ao hospital de Iguatemi, mas foi liberada em seguida

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A cabeleireira Aline Mayara Boni, de 24 anos, estaria grávida e sob efeito de drogas no dia em que foi morta com tiro na nuca pelo namorado, que segue foragido. As informações teriam sido repassadas pela própria vítima à equipe médica do PAM (Pronto de Atendimento Médico) municipal, conforme informado pelo prefeito Lídio Ledesma, de Iguatemi, à reportagem do Jornal Midiamax.

Ainda conforme o prefeito, Aline foi levada à emergência por estar em surto na madrugada daquele dia (29). Ela foi atendida ainda na viatura da PM. “Não tinha nem condições de descê-la do carro. A médica a atendeu no camburão e ela apresentava sinais evidentes de uso de drogas”, explicou Ledesma.

A médica ainda teria a questionado e Aline teria confirmado o uso de entorpecente sem dizer qual tipo. “Disse que estava grávida também”, afirmou o prefeito. Não foi informado de quanto tempo ela estaria gestante, bem como a equipe médica não teria realizado exames para confirmar a informação ou avaliar o estado de saúde do possível feto.

Questionado sobre o vídeo em que aparece machucada, o qual a família afirma ter recebido após o feminicídio, afirmando ter sido horas antes de morrer, o prefeito afirma que foi feito exame de corpo delito, que não demonstrou marcas no corpo da mulher. 

Após o atendimento, com a vítima apresentando melhoras, a polícia teria a levado embora para casa. “Ela não ficou em observação porque a unidade de saúde não tem estrutura para paciente psiquiátrico e porque ela já apresentava melhoras”, afirmou.

Porém, certo tempo depois, os policiais teriam voltado com Aline e a deixado em frente à unidade de saúde. Ela não entrou no PAM, segundo o prefeito e depois não foi mais vista. Horas depois, ela foi assassinada.

Desorientada e mentalmente perturbada antes do feminicídio

A PM informou que Aline estaria mentalmente perturbada. Na madrugada do dia do crime, uma equipe foi acionada para atendimento de uma ocorrência onde uma mulher havia invadido a casa da solicitante. A equipe deslocou ao local e fez contato com a Aline Mayara Boni, responsável pela invasão. Conforme registro ela aparentava estar mentalmente perturbada, o que levou a equipe encaminhá-la ao PAM da cidade para atendimento médico”, diz a nota.

Sobre a equipe ter voltado com cabeleireira e a deixado na frente do PAM, a reportagem entrou em contato e aguarda retorno da polícia.

Por volta das 11h Aline foi morta. Vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem barulho de tiros. Aline foi assassinada com dois tiros na nuca, com perda de massa encefálica. Ela teria ficado de joelhos ao ser assassinada. Vizinhos teriam ouvido pelo menos quatro disparos e logo depois viram o namorado da cabeleireira saindo do local. Ele ainda teria colocado na cintura uma arma.

Machucada

Vídeo, o qual o Jornal Midiamax teve acesso, mostra Aline bastante machucada. Ela mesma quem filma e mostra os hematomas, no cotovelo, antebraço, mão, joelho e olho.

Apesar de aparecer agredida, a polícia afirmou que não há registros de violência doméstica contra o atual namorado. Já a família diz que ela não o denunciou por medo.

O namorado, principal suspeito tem passagens por tráfico de drogas no Paraná e em MS por tráfico e furto.

A policia ainda faz buscas pelo autor e comparsa que o auxiliou na fuga.

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