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Polícia

Após confronto com a polícia, MS-156 segue bloqueada e indígenas aguardam oficialização da construção de poços

Pista que liga Dourados a Itaporã segue sem tráfego pelo quarto dia
Marcos Morandi -
Indígenas bloquearam rodovia em protesto contra a falta de água. (Marcos Morandi, Midiamax)

Após confronto com forças policiais, que deixou pelo menos 15 feridos, a rodovia MS-156 segue bloqueada pelo 4º dia pelos indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó. Eles aguardam a assinatura de um documento que oficializa as promessas de construções de dois poços. A medida resolve de forma paliativa a falta de água na Reserva Indígena Federal de .

Na manhã desta quinta-feira (28), acontece uma nova rodada de negociações no MPF (Ministério Público Federal), que contará com representantes da OAB (Ordem dos Advogados do ), da coordenadora da Funai em Dourados, Teodora de Souza, e da secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva.

No encontro, os indígenas querem a formalização dos compromissos de grande importância para as aldeias. São eles a instalação de dois poços artesianos e a garantia de fornecimento diário de água por caminhões-pipa. O objetivo é evitar interrupções no abastecimento, que gera preocupações na comunidade.

“Estamos cansados de promessas vazias. Palavras acabam esquecidas e nunca são cumpridas. Tem que ter um documento em que as autoridades se comprometam definitivamente em atender nossos pedidos. Só queremos água para atender as necessidades básicas de um ser humano”, disse o vice-capitão da Aldeia Jaguapiru.

Bloqueio da estrada e conflito

O conflito ocorre após a população indígena bloquear a rodovia, em protesto pela falta de água potável nas aldeias, pedindo pela construção de quatro poços e caminhões-pipa. Pela manhã, policiais do da PM (Polícia Militar) foram ao local para tentar fazer o desbloqueio, mas não houve acordo.

Já na tarde desta quarta (27), houve uma reunião entre as lideranças indígenas e o Coronel Samuel Castilho Aragão, comandante do 3º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Dourados. Na ocasião, o militar ressaltou o compromisso firmado pelo Governo Estadual.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, durante a reunião, o Coronel pediu uma interlocução entre as lideranças e a comunidade, para o desbloqueio da MS-156 até as 17h30 desta quarta (26). No entanto, as lideranças decidiram manter o protesto, até que tenham a garantia oficial da água potável.

Governo se compromete a garantir água

Ao Midiamax houve a confirmação da reunião que ocorre na manhã desta quinta-feira (28), no MPF (Ministério Público Federal) em Dourados. Na ocasião, estarão presentes a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza da Silva, além de representantes da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e do MPF.

A princípio, o Governo Estadual já estaria mediando o abastecimento da água nas aldeias. A proposta era de fornecimento de 6 caminhões-pipa por dia, para abastecerem as caixas d’água da comunidade, além da construção dos poços.

Por isso, o compromisso foi reafirmado e a secretária deve visitar e conversar com as lideranças já na quinta-feira (28).

Ainda na tarde desta quarta (27), durante a reunião com o Comandante do 3º BPM de Dourados, esteve presente um representante da Comissão de Direitos Humanos, da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de ), Cleber Paulino de Castro.

Em seguida, militares foram até a rodovia, onde conversaram com lideranças indígenas para alinhar o compromisso firmado e tentar um desbloqueio da MS-156. A reportagem apurou no local que uma série de exigências foi feita às autoridades para que o pedido dos indígenas seja concretizado e, assim, a pista liberada.

Durante a tentativa de encerrar o protesto, os policiais prenderam três indígenas por e danos ao patrimônio. Além disso, 12 policiais se feriram. Ainda conforme apurado no local, os manifestantes apedrejaram dez viaturas, que tiveram os vidros quebrados.

No local, três indígenas também ficaram feridos e precisaram de atendimento médico. Ainda no início desta tarde, um caminhão-pipa chegou à região, possivelmente para atender a população indígena que protesta por falta de água. A rodovia entre Itaporã e Dourados continua totalmente bloqueada.

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