Após 13 horas de julgamento, Damião Souza Rocha, 27, foi condenado a 30 anos de prisão por ter ateado fogo contra a esposa Pâmela Oliveira da Silva, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande, 31 dias após os fatos. Pâmela foi incendiada na presença dos filhos de 10 e 7 anos, dentro de casa em Rochedo, em 21 de julho de 2022.

Damião foi julgado nesta quinta-feira (1º) em Rio Negro, a 163 quilômetros de Campo Grande. “Com certeza tinha que pagar pelo que fez, uma forma muito cruel”, disse o pai da vítima, Roberto Martins da Silva.

Conforme os autos, Pâmela queria a separação, porém, Damião não aceitava. Eles eram casados há 11 anos. No julgamento desta quinta, ele continuou negando a autoria dizendo que a esposa quis tirar a própria vida. Ainda conforme a acusação, no dia do crime, ambos tiveram uma discussão, quando Damião então apareceu com um galão de combustível.

Ele ainda teria perguntado: “aqui ou no quarto?”. No quarto, ele então jogou combustível e ateou fogo em Pâmela que gritava para o marido não fazer aquilo, enquanto as crianças escutavam e presenciavam tudo. Com 90% do corpo queimado, ela foi levada para uma unidade de saúde do município, enquanto o marido ficou na residência em que o casal morava tentando apagar as chamas.

Depois ele foi até à unidade para tratar uma queimadura no braço. Ao ser questionado por que somente Pâmela teria se ferido gravemente, disse que “ela estava tentando apagar o fogo” e que o fato foi “um acidente”. O profissional que atendeu o homem teria dito: “impossível ter sido acidente e ter acontecido tudo aquilo com Pamela e você somente queimar o braço”.

Depois do crime, o pai inclusive teria pedido para que os filhos não falassem sobre o ocorrido. No hospital, antes de morrer, Pâmela relatou sobre o que aconteceu.

Acusado pelo crime, Damião, logo após receber a sentença