Alvo do Gaeco de operação contra grupo criminoso que tinha PMs e advogados foi preso em casa

Na casa, os policiais encontraram drogas

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(Ilustrativa)

Um dos alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na deflagração da Operação Last Chat, na manhã desta quarta-feira (24), foi preso em casa, na cidade de Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. A ação foi contra um grupo criminoso de tráfico de drogas e armas, que tinha como membros policiais militares, advogados e servidor público.

O alvo de 30 anos foi preso em sua residência no cumprimento de mandado de prisão expedido contra ele. Quando os policiais chegaram à residência, perceberam que no quarto havia câmeras que alertavam sobre a chegada da polícia.

Os policiais militares encontraram porções de maconha, além de celulares que foram apreendidos quebrados escondidos atrás de uma mala. Ele foi encaminhado para a delegacia. Foram cumpridos 55 mandados em Campo Grande, Ponta Porã, São Paulo e Fortaleza.

Organização altamente estruturada

A Operação Last Chat é para desmantelar organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em cinco estados, desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados, cerca de 40 membros, entre eles policiais militares, servidor público municipal e três advogados.

A organização criminosa também atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros – Porsche, caminhões, entre outros.

Para liderar organização criminosa complexa do interior do sistema penitenciário, servia-se ora do uso ilícito de aparelhos celulares, ora de entrevistas reservadas com advogados que se prestavam a repassar os comandos criminosos aos diversos integrantes do grupo.

As investigações tiveram início a partir da análise de aparelho celular apreendido em posse de uma advogada presa durante a Operação Courrier, mas beneficiada com prisão domiciliar dias depois, a quem o líder contatou por mensagens para a prática de obstrução de investigações, lavagem de dinheiro, corrupções, entre outros crimes.

Foi possível identificar mais de 4 toneladas de maconha, mais de 3 mil comprimidos de ecstasy, centenas de munições e carregadores de fuzil de calibre 762 e pistolas cal. 9mm, pertencentes à organização criminosa, apreendidos em ações policiais. De acordo com levantamento realizado pelo Gaeco, as apreensões geraram um prejuízo ao crime organizado superior a R$ 9 milhões.

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