Pular para o conteúdo
Polícia

‘Tinha medo de ser o próximo’, diz réu durante julgamento de morto pelo PCC encontrado em mata

Réu afirmou que não conhecia a vítima e que foi convidado para entrar em carro por amigo que jogava bola com ele minutos antes
Danielle Errobidarte -
(Foto: Danielle Errobidarte - Jornal Midiamax)

O último réu pelo homicídio de Vinicius de Souza e Silva, morto no dia 10 de julho de 2020 durante tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital), afirmou durante julgamento ocorrido nesta quarta-feira (1º) que ele apenas foi levado para o local, onde funcionou como “cantoneira” e que “estava com medo de ser o próximo”.

Durante o Tribunal do Júri, o jovem, hoje com 21 anos, explicou que no dia do crime conversava com um dos réus quando um carro Chevrolet Corsa vermelho se aproximou deles e ele foi convidado pelo amigo para ir até um local desconhecido. Segundo ele, os dois voltavam de uma partida de futebol.

“Eu nunca tinha visto a vítima, eu fui com eles mas não sabia o que estava acontecendo. Pararam dois caras dentro do carro, perguntaram pra vítima se ele não queria ir resolver um problema que tinham. O Josiel falou para mim para ir com ele, eu disse que precisava tomar banho, e ele falou que a gente já voltava”, explica.

Ainda segundo o acusado, ele teria sido informado por Josiel de que eles iriam com a vítima até uma farmácia, já que Vinicius disse que precisava comparar um remédio para o filho. “Eu estranhei quando o carro foi para o Bairro Tijuca, mas disseram que iam pegar o remédio e conversar com a vítima”, alega.

O réu afirmou que, ao chegarem na casa, já tinham outros rapazes que ele não conhecia no local. Ele ainda explicou que Vinicius sentou na cama, ele na cadeira ao lado de Josiel, e pediram para a vítima entrar no banheiro e sentar no chão. Em seguida, parte das pessoas saiu do local e outro homem entrou na casa com um fone de ouvido.

“Entrou um monte de gente e fecharam a porta. Esse rapaz do fone de ouvido disse para amarrar a vítima e colocou o fone de ouvido nela. Não sei com quem ele estava falando, mas dizia para [o Vinicius] falar a verdade, e depois deu um chute na cabeça dele e efetuou as facadas”, afirma o acusado.

Ele ainda disse que não viu o momento em que o corpo da vítima foi levado até a área de mata onde foi encontrado, nos fundos do Rancho Alegre, e ter sido ameaçado a não contar nada do que viu na casa.

Conforme relatado pela testemunha, o delegado Carlos Delano, delegado que conduziu às investigações à época, afirmou que não há evidências de que o réu tenha participado da ocultação do cadáver da vítima. “Ele talvez não tivesse a consciência de que isso [estar junto aos membros da facção criminosa] poderia ocasionar o resultado que teve. Não identificamos envolvimento dele em outros crimes nem em facção criminosa. Ele demonstrou medo, estava chorando e isso pode explicar o porquê deu informações erradas no começo, como a cor do carro que ele falou que era branco e na verdade era vermelho”, afirmou.

Tribunal do Crime

Vinicius desapareceu no dia 5 de julho e foi levado a uma residência na Rua Diogo Alvares, Tijuca, onde foi julgado no . Depois, ele foi morto com vários golpes de a mando de internos do sistema prisional.

Após executá-lo, dois dos acusados colocaram o corpo da vítima em um veículo e levaram até o local onde foi encontrado, uma área de mata, aos fundos do bairro Rancho Alegre. O corpo de Vinicius foi localizado no dia 10 de julho, com os pés e mãos amarrados e, conforme a perícia, estaria no local entre 3 a 7 dias, o que leva a crer que o rapaz foi morto no dia de seu desaparecimento.

O cadáver foi localizado próximo a uma trilha por populares, que acionaram a Polícia Militar. O local fica em uma área de mata fechada, ao final do bairro.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Fim de semana violento registra sete mortes no trânsito de Mato Grosso do Sul

Trump pede que empresas estrangeiras nos EUA respeitem leis de imigração, após caso Hyundai

Morre Rick Davies, vocalista e cofundador do Supertramp, aos 81 anos

Homem encontrado morto em terreno baldio de Dourados era morador de aldeia indígena

Notícias mais lidas agora

Moradores acusam MPMS por acordo que ‘alivia’ obrigações a condomínio por dano ambiental

Rapaz morto na 14 de Julho foi atingido por 13 golpes de faca

‘Santo da geração millennial’: Canonização de Carlo Acutis em Campo Grande é marcada por fé

Lixo carregado em 160 caminhões foi estopim para rede solidária no Dom Antônio Barbosa

Últimas Notícias

Trânsito

Duas crianças ficam feridas após acidente entre carro e carreta na MS-306

Motorista do carro onde estavam as crianças teria tentado uma ultrapassagem

Política

Sancionada lei que aumenta empréstimos da MSGás para até R$ 350 milhões

Sanção foi acionada pela governador Eduardo Riedel (PP)

Polícia

‘Trabalha na empresa traficante’: morto na 14 de Julho exaltava nas redes sociais função no tráfico

Eliel foi atingido por 13 golpes de faca

Emprego e Concurso

Último dia: concurso do Crefito oferta salários de até R$ 5,6 mil em MS

As vagas são para os cargos de agente administrativo e agente fiscal