Tabacaria onde homem brigou antes de ser morto no Aero Rancho é transtorno para vizinhos

Moradores relatam som alto e brigas constantes em vários dias da semana

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Rua amanhece suja no local após as festas (Leitor Midiamax)

A briga que antecedeu a morte de Luis Henrique Rodrigues, de 30 anos, na madrugada deste domingo (27), foi só mais uma de tantas que acontecem no mesmo local, na frente de uma tabacaria no Aero Rancho. O local virou um verdadeiro transtorno para os vizinhos.

Mulher de 35 anos contou ao Midiamax que mora na região há 17 anos e há aproximadamente um ano sofre com o estabelecimento. Ela conta que as festas começam na quarta-feira e vão até domingo.

No entanto, não apenas o barulho da tabacaria incomoda, mas as brigas e a aglomeração do lado de fora. O movimento vai até o amanhecer e tira o sono dos vizinhos.

A mulher de 35 anos conta que não consegue mais ter noites de sono saudáveis. Como as gritarias no local são comuns, a confusão deste domingo nem chegou a surpreender a vizinha, que não saiu para ver o que estava acontecendo.

Em outras ocasiões, ela chegou a presenciar brigas e agressões no local. Por causa dos transtornos, registrou boletim de ocorrência e procurou os órgãos competentes, mas não teve solução até o momento.

Vizinha procurou a polícia (Karina Campos, Midiamax)

Por causa dos barulhos, o vizinho da frente chegou a se mudar e colocou a casa para alugar. Em certa ocasião, ele saiu porque o cachorro estava latindo bastante e foi ameaçado por um frequentador da tabacaria.

O homem teria dito que fuzilaria a casa do morador. E não é apenas o barulho, vizinhas ao local contam que a rua amanhece suja, com cacos de vidro, urina e até vômito.

“Não sei como liberam alvará para uma boate que fica em um bairro residencial. Se você observar só tem casas ao redor. E de todos os moradores ao redor, ninguém tem paz”, lamenta vizinha ao estabelecimento.

Discussão e morte

Conforme detalhes do boletim de ocorrência, o morador na Rua Guaruva, acordou na madrugada após ouvir barulhos no terreno. Então, encontrou Luis já caído no quintal, completamente ensanguentado, e acionou a polícia.

Equipes da Polícia Militar, também Polícia Civil e Perícia foram ao local. O morador ainda contou que não tem o costume de trancar o portão, por isso a vítima teria conseguido entrar.

Ainda segundo os policiais, testemunhas relataram que Luis estava em uma tabacaria, onde se envolveu em uma confusão. Na frente do estabelecimento, ele foi violentamente agredido e ferido com golpes de garrafas quebradas.

Um dos golpes teria atingido o peito da vítima e outro o pescoço. O registro policial detalha que havia muito sangue cobrindo o corpo da vítima.

Um amigo de Luis contou que procurava pela vítima no bairro, junto com outras testemunhas, quando o grupo de agressores passou por eles e disse “Desce lá, acabamos de matar seu amigo”.

A princípio, esse grupo seria liderado por uma pessoa trans. O caso é tratado como homicídio simples e está em investigação.

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