A Polícia Civil de Mundo Novo, cidade a 463 km de Campo Grande, apreendeu no sábado (11) três armas de fogo em cima de uma geladeira. Entre as armas está uma submetralhadora artesanal, além de um revólver calibre .38 e uma espingarda calibre .12.

A polícia foi acionada após denúncia de que havia ocorrido disparos de arma de fogo no local. Chegando lá, policiais perceberam o som alto onde ocorria um evento com várias pessoas. Uma mulher se apresentou como responsável e, questionada sobre os disparos, disse que as crianças haviam soltado algumas bombinhas no local e liberou a entrada dos policiais.

Em seguida, contou que uma pessoa que estava no evento havia efetuado alguns disparos, mas logo foi embora para a cidade de Guaíra, e levou os policiais ao local onde os disparos foram efetuados, assim cápsulas deflagradas foram apreendidas.

Após a polícia encontrar as armas em cima de uma geladeira, o homem retornou ao local e confessou que era proprietário das armas, inclusive ele teria efetuado os disparos. Diante disso, foi levado para a delegacia.

O que chama atenção é que uma das armas, mais especificamente a submetralhadora artesanal seria do mesmo modelo de outras apreendidas em São Paulo, possivelmente fabricadas pelos próprios criminosos.

Submetralhadora apreendida em São Paulo e a outra no Paraná (Foto: Divulgação Polícia Civil SP e PR)

Conforme explicado na coluna de Josmar Jozino do Uol, a submetralhadora é de alto poder de fogo no Brasil e é similar ao modelo MAC-10 produzido nos Estados Unidos entre 1970 e 1973. Ao menos outras duas foram apreendidas, uma no Guarujá, em São Paulo, e a outra em Toledo, no Paraná, ambas com a marca a laser “Matraca”.

Segundo o texto, a preocupação das forças policiais é que o crime organizado esteja produzindo submetralhadoras compactas, com alto poder de fogo, em escala industrial.

Investigadores disseram à coluna que essas armas artesanais são tão potentes quanto as do modelo norte-americano M-10 e geralmente são produzidas por torneiros mecânicos, ferreiros ou armeiros. Os agentes acrescentaram que muitos desses profissionais são cooptados pelo crime organizado.

(Foto: Divulgação/PCMS)