O sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), de 56 anos, acusado de ameaçar e apontar arma para familiares de sua esposa na tarde da última segunda-feira (8), no Bairro Marcos Roberto, em Campo Grande, vai continuar exercendo as funções normais, segundo informado pela corporação. A sogra dele, de 78 anos, teria ‘pulado’ na frente da arma, quando ele apontou para o cunhado.

Conforme nota enviada pela assessoria de imprensa, “trata-se de um crime comum, cometido por um policial militar, não havendo relação com a atividade exercida pelo menos na corporação”. O sargento é lotado em atividades internas e não atua na rádio patrulha, conforme apurado.

“A atividade permanece sendo exercida internamente”, finaliza a nota. Não foi esclarecido o motivo do sargento não ter feito teste do bafômetro, já que segundo familiares que entraram em contato com o Jornal Midiamax, ele teria chego na residência embriagado e feito ameaças.

Apontou arma para cunhado

Conforme consta no boletim de ocorrência da PMMS, a vítima relatou aos policiais que estava saindo de sua casa quando seu cunhado, que é policial militar e morava no mesmo local, chegou. Entretanto, ele afirmou que os dois tiveram um desentendimento anterior e o PM teria mudado da residência com sua esposa, para evitar mais brigas.

Nessa segunda-feira, quando o PM foi até a casa buscar alguns pertences que tinha deixado após a mudança, teria chamado o cunhado para conversar. Contudo, a vítima teria entrado na residência. Então, o PM teria ido até seu carro, que estava estacionado, e pego sua arma.

A vítima disse que os dois não se agrediram, apenas discutiram verbalmente. Conforme consta no boletim de ocorrência, a arma seria uma pistola calibre .40 da corporação. A arma foi encontrada no quarto, juntos aos pertences do policial, que foi apreendida.

Os militares que atenderam a ocorrência foram orientados a irem até a Corregedoria da PMMS, onde o corregedor teria informado que não tratava-se de crime militar, e sim de crime comum. Por isso, os dois foram encaminhados para a delegacia da Polícia Civil.

Idosa encaminhada para UPA ao defender filho

Segundo um familiar que presenciou os fatos, de 40 anos, que pediu para não ser identificado e entrou em contato com o Jornal Midiamaxessa não seria a primeira vez que o sargento causava transtornos na família utilizando a arma de fogo da corporação. “A dona da casa é uma idosa tem 78 anos, quando viu aquela situação na casa dela ela ‘pulou’ nele, que estava com a arma em mãos. Depois acionamos uma ambulância e ela foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon com pressão alta”, afirma.

Ainda segundo o familiar, o sargento costumava ingerir bebidas alcoólicas e fazer ameaças quando morava na residência. “A gente sempre amenizou porque é da família, mas dessa vez extrapolou. Ele chegou bêbado, pedimos para os policiais fazerem bafômetro mas ele não fez”, afirma.