‘Queria ser promotor’, diz mãe emocionada ao exibir vídeo de Matheus em júri simulado

“Eu nunca mais vou ver meu filho. O meu filho eu enterrei no caixão fechado”, afirmou dizendo que os réus tiveram chance de rever os filhos

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Firme na réplica, mãe de Matheus, Cristiane Almeida falou ao final do tempo de debate e se emocionou ao mostrar vídeo do filho, que estudava Direito na mesma faculdade em que filho de Jamil Name estuda. “Ele estudava na UCDB terceiro semestre de Direito, como o filho da maior matança. O meu filho não pôde formar”, lamentou.

Cristiane lembrou de Matheus Coutinho como aluno brilhante “Queria ser promotor”. Matheus dizia no vídeo: ” Isso pode acontecer com qualquer um de nós e assusta muito. Me assusta. Isso pode acontecer com vocês. Seu pai, sua mãe, talvez filho no futuro. Onde vai chegar:?”, dizia Matheus no simulado de júri exibido durante julgamento. “Aonde nós vamos chegar?”, repetiu a mãe.

Cristiane se revoltou ao dizer que os réus tiveram chance de verem seus filhos. “Eu nunca mais vou ver meu filho. O meu filho eu enterrei no caixão fechado. O pai dele pode segurá-lo nos últimos momentos de vida enquanto sangrava”, relembrou emocionada.

“Me digam o que é a verdade?. É muito doloroso, mas eu estou aqui com coragem e honra, ao contrário da covardia”, encerrou pedindo por Justiça afirmando ainda que autoria, motivação e todos os elementos do crime foram amplamente ditos.

O julgamento entrou novamente em intervalo e logo em seguida será a vez da réplica dos debates das defesas dos réus.

O que motivou as execuções?

As investigações demonstraram que Jamil Name e Jamil Name Filho teriam ordenado a morte de Paulo Xavier. PX já teria atuado com a família, na prestação de serviços enquanto também atuava como policial militar.

Inclusive, já teria feito segurança particular de Jamilzinho, na época em que ele teve uma briga com Marcel Colombo, o ‘playboy da mansão’, em 2018. Marcel foi assassinado a tiros em uma cachaçaria da cidade, também segundo a investigação a mando da família Name.

Foi nessa época que PX conheceu o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, com quem passou a ter uma relação próxima. Paulo Xavier também tinha vínculos com a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial.

Nesse período, Antônio foi procurado pela associação, para resolver pendências comerciais e negociar propriedades. Foi então que passou a negociar com a família Name, que se viu em prejuízo financeiro.

Depois, PX teria passado a prestar serviços para o advogado e parou de atender a família Name. Foi então que os líderes decidiram pela morte do policial. No contexto da denúncia, é relatado que a organização criminosa se baseava na confiança e fidelidade, por isso o abandono ao grupo foi mal visto.

A partir da ordem de execução de Paulo Xavier, homens de confiança da família Name foram acionados para colocarem o plano de morte em prática. São eles Marcelo Rios, ex-guarda municipal de Campo Grande, e o policial aposentado Vladenilson Olmedo.

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