Um homem de 48 anos acabou preso ao tentar entrar no Brasil, via Corumbá –a 419 km de Campo Grande–, transportando mais de 50 kg de pasta base de cocaína em malas. Flagrado na fronteira com a Bolívia, ele tentou correr e, pego, ainda lutou com as autoridades brasileiras no km 780 da BR-262. O suspeito teria cometido o mesmo crime em 2005.
Conforme auto de prisão em flagrante remetido à 1.ª Vara de Justiça Federal de Corumbá, a detenção ocorreu na segunda-feira (9), por volta das 11h30. Ele seguia com mais 2 pessoas em um VW Virtus que saía da fronteira rumo ao município. Equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) deu ordem de parada ao automóvel –um táxi.
Além do autor e da taxista, uma mulher e um menor seguiam no Virtus. Então, durante checagem de equipamentos obrigatórios no porta-malas do veículo, sentiu-se “cheiro forte e característico de pasta base de cocaína”, narraram as autoridades.
Solicitou-se, então, que os passageiros desembarcassem para conferência das bagagens. Assim, descobriu-se os tabletes de droga. O suspeito ainda tentou fugir, agredindo os policiais. Iniciou-se luta corporal para conter o passageiro –que acabou dominado e algemado.
Dessa forma, ele acabou na Santa Casa de Corumbá, conduzido pelos policiais, para tratar das lesões que sofreu, sendo entregue com hematoma no olho direito. O flagrante entre Porto Quijarro e Corumbá levou à apreensão de 52,3 kg de pasta base de cocaína.
Apreensão de pasta base de cocaína pesa e autor seguirá preso
O juiz federal substituto Daniel Chiaretti considerou que a conversão do flagrante em prisão preventiva caberia ao caso. Entre os fatores que pesaram na decisão, estava o risco que a pasta base de cocaína representaria à saúde pública no Brasil.
“No caso em tela, embora o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça, há indícios de que a parte custodiada, transportava aproximadamente 52,3 Kg de substância análoga a cocaína, quantidade suficiente para trazer sérios danos à saúde pública. Outrossim, consta dos autos que já foi indiciado por delito da mesma natureza, no ano de 2005”, pontuou.
“Além disso, há informações de que, no momento da prisão em flagrante, o indivíduo tentou fugir, o que representa um sério risco de que ele evite a aplicação da lei penal caso seja liberado”, prosseguiu o magistrado. O suspeito ainda não teria apresentado documentos, sendo necessária a identificação por digitais e fotografias.
O juiz ainda determinou a destruição da droga apreendida. Por fim, diante do relato de violência contra o preso, MPF (Ministério Público Federal) e Corregedoria da PRF seriam notificados.
