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Polícia

‘Prática nefasta que não surte efeito’, rebate Adepol sobre acusação de Peró usar pó e torturar réu

Em júri, Marcelo Rios fez acusações contra delegado, que alegou 'desespero da defesa'
Dândara Genelhú -
Marcelo Rios durante interrogatório pela morte de Matheus Coutinho em 2019. (Kisie Ainoã, Midiamax)

A Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) publicou nota de repúdio após o delegado Fábio Peró, ser acusado de tortura por Marcelo Rios, réu no julgamento da morte de Matheus Xavier. A nota foi publicada nesta quarta-feira (19).

“Atacar, com fatos inverídicos, a honra pessoal do agente público que investiga, acusa ou julga é uma prática nefasta que já não mais surte efeito dissuasório perante a opinião pública ou perante a Justiça Criminal, diante da maturidade social do Brasil”, disse a Associação em nota.

Em depoimento nesta terça-feira (18), Rios acusou Peró de tortura e de usar drogas e bebidas alcoólicas dentro da delegacia, inclusive na frente do réu enquanto era agredido.

Assim, a Adepol-MS pontuou que as falas não desmerece as investigações policiais. “E, no caso em tela, tem apenas o condão de lançar ofensas gratuitas que não desmerecem nem a investigação policial, nem a ação penal que se desenvolve na atualidade”.

Por fim, a Associação disse que está “incondicionalmente ao lado do Delegado de Polícia, homem e pai de família, Fábio Peró Corrêa Paes”.

Confira a nota na íntegra:

Réu acusou delegado

Réu pela morte de Matheus Coutinho, falou dos dias que passou preso no Garras, alegando ter passado fome e ficado sem comida. “O delegado [Peró] disse que eram duas marmitas e era para mim ou para os meus filhos”, lembrou.

Disse que foi torturado. “Me amarraram pelos braços no alto. Peró me arrebentou, me levando a arrebentar o meu braço”, contou, acusando ainda o delegado Fábio Peró de usar drogas. “Delegado Peró cheirou cocaína e tomou Whisky na minha frente, enquanto apanhava”, contou, dizendo que apenas os exames que realizou em Mossoró comprovam as agressões.

Rios afirmou ainda que acredita que houve armação por parte da polícia, especialmente do delegado do Garras, para fazer acreditar que a Eliane corria risco de morrer.

Finalizou dizendo que “Os culpados têm que ser punidos, mas eu entendo que não podem ter caça à bruxa. Eu peço encarecidamente que façam a justiça. Eu realmente assumi um crime sem baixar a cabeça, bati no peito, coisa que ninguém faz”, concluiu.

Desespero da defesa

“Desespero da defesa”, justifica delegado Fábio Peró para tais acusações de Rios e Eliane. Em contato com o Jornal Midiamax, o delegado disse estar bastante chateado com tais acusações e as classificou como “desespero da defesa”.

“Tratamos a criança a ‘pão de ló’. Eu comprei para os meus filhos a coleção inteira do Toy Story nos EUA e dei ela [coleção] para as crianças [de Eliane]. Comiam a mesma comida que os policiais, comprávamos pães de padaria famosa. Fiz meu trabalho sério”, afirmou.

Peró está de e disse que nem estava acompanhando o julgamento, mas que foi surpreendido com as mensagens de várias pessoas e envolvendo seu nome. “Não vou julgar o que essa mulher está passando para ter que mudar a versão, inventando história. O outro [Rios] falando de uso de drogas. Querem ferir minha honra”, ponderou.

Peró lembrou ainda que estavam tentando o programa de proteção à testemunha que Eliane pediu. Depois que ela desistiu e decidiu ir embora, ele conta que foram os policiais que ligaram para o pai dela ir até a delegacia buscá-la.

“Daqui pra frente é só baderna. Quer mudar de versão, muda, mas não inventa as coisas. Eu tenho família, meus filhos vão ver essas notícias e agora eu tenho que ficar dando satisfação, porque sou uma pessoa séria”, explicou.

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