Policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) realizam na tarde desta sexta-feira (19), o recolhimento de carnes vencidas em um supermercado localizado na Avenida Presidente Vargas, no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. O açougue foi interditado pelo Procon/MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) em setembro.

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, quando o açougue foi lacrado, a equipe do Decon orientou os responsáveis sobre uma quantidade de carne que deveria ser vendida em lote, ou devolvida para o frigorífico, antes do vencimento, no entanto, os donos mantiveram as carnes em uma câmera fria e os produtos venceram.

“Eles tinham que vender em lote, ou devolver antes que vencesse. Como não fizeram nem uma coisa e nem outra, voltamos para recolher a carne que já está vencida”, explica. O delegado destaca que os donos cumpriram a ordem de manter o açougue interditado e as carnes recolhidas nesta tarde não eram comercializadas.

Açougue foi interditado por vender carne podre

No dia 26 de setembro, a dona do supermercado, uma mulher, de 63 anos, foi presa durante batida realizada pelo Decon. Na ocasião, a polícia apreendeu cerca de 1 tonelada de carne podre.

A batida contou com a presença de fiscais do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e a perícia da Polícia Civil. Conforme as informações, foi possível encontrar uma grande quantidade de moscas onde as carnes eram armazenadas inadequadamente.

Segundo as informações, a proprietária foi solta depois de passar por audiência de custódia. Em outra ocasião, o marido dela, que também é dono do supermercado também foi preso por vender produtos impróprios para consumo. Ele foi liberado depois de pagar fiança.

Nesta quinta-feira, o delegado da Decon informou que o local é investigado há mais de dois anos e desde então, diversas batidas foram realizadas. Apesar do recolhimento das carnes vencidas, nenhum crime foi constatado nesta tarde.

“Como o açougue está interditado e eles não estavam comercializando essa carne, não constatamos nenhum crime. Estamos apenas recolhendo as carnes vencidas”, ressalta.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o supermercado, no entanto, o funcionário informou que não havia nenhum responsável que pudesse falar a respeito do caso. O espaço segue aberto para manifestações.