Policiais da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) prenderam nesta quinta-feira (3) pai e filho, de 50 e 31 anos, acusados pelo assassinato de Matheus Henrique Ponce Fagundes, que desapareceu em 2022, no Bairro Caiobá, depois de ser visto pela última vez na boca de fumo do ‘Pequeno Zaroio’. Dessa vez, a prisão ocorreu devido a cumprimento de mandado de prisão preventiva.

A dupla já havia sido presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, mas foram liberados mediante pagamento de fiança na audiência de custódia. Depois foram presos temporariamente.

Apesar de as investigações não terem encontrado o corpo do rapaz, fotos no celular do suspeito da vítima amarrada indicam que o jovem teria sido morto após furtar bateria de caminhão. Depois, o corpo teria sido jogado em córrego no bairro Caiobá.

Já nesta quinta foi cumprido o mandado expedido pelo juiz da 2ª vara do Tribunal do Júri.

Segundo a polícia, durante as investigações, foram arrecadados elementos a respeito da materialidade e autoria delitiva, por isso os investigados foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante tortura e por meio que torna impossível a defesa da vítima e ocultação de cadáver.

O inquérito agora será concluído dentro do prazo legal de dez dias.

No dia 29 de junho, policiais foram até a casa do suspeito para cumprir mandados de busca e apreensão e quando chegaram à residência encontraram duas armas e várias munições, por isso, pai e filho foram presos em flagrante, mas acabaram soltos em audiência de custódia, após pagamento de fiança.

Crime sem corpo

Matheus desapareceu no dia 15 de abril do ano passado e foi visto por moradores da região na boca de fumo. Segundo consta, muitos moradores já estariam incomodados com a presença do rapaz, que teria passado a furtar casas para trocar os objetos por drogas. Até de uma amiga, com quem estava morando, já teria furtado um botijão de gás. Por isso, ela acabou o colocando para fora, sendo visto pela última vez pela amiga no dia 11 de abril. 

Já no dia 15 de abril, ficou sabendo que o dono de uma oficina no bairro estava atrás de Matheus em uma camionete Ford F1000, de cor vermelha e, depois disso, nunca mais viu o rapaz que, segundo moradores, estaria morto.

O dono da oficina estava a caça de Matheus após ele ser apontado por furtar uma bateria de um de seus caminhões. A polícia passou a fazer ‘campana’ para fazer a prisão do suspeito que teria cometido o assassinato por retaliação ao suposto furto da bateria. 

Uma foto no celular de um dos filhos do suspeito foi encontrada pelos policiais. Na foto estava Matheus amarrado pelos pés e mãos no chão. Acredita-se que sofreu tortura antes de ser assassinado e ter seu corpo jogado no córrego que fica atrás do bairro.

Tênis encontrado em trilha

Durante as investigações e tentativas de encontrar Matheus, a polícia acabou localizando, em uma trilha na Rua da Lógica, um tênis de número 39, que o pai do rapaz reconheceu como de seu filho. 

Agora a polícia tenta encontrar o corpo de Matheus. Os dois presos acusados do crime negaram o homicídio, na delegacia, após as prisões.