PF apreende todos os carros de lojas que ‘esquentavam’ contrabando de cigarros em MS
Carros de luxo também eram usados para lavar dinheiro de quadrilha que movimentou R$ 200 milhões
Thatiana Melo –
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As duas lojas de revenda de carros em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande, alvos da Polícia Federal nesta quarta-feira (16), tiveram todos os seus veículos apreendidos e as atividades suspensas. Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens. As lojas eram usadas para lavar o dinheiro da quadrilha especializada no contrabando de cigarros e que movimentou R$ 200 milhões com o crime.
Todos os carros, entre eles veículos de luxo, foram levados para a delegacia da Polícia Federal na cidade. Uma das lojas de revenda de carros fica na Avenida Campo Grande, e a outra seria do cunhado do proprietário da primeira loja alvo. A segunda revenda de carros fica na Avenida Amélia Fukuda.
Durante a Operação Collector, foram apreendidos dólares, joias e grande quantidade de dinheiro em espécie. A organização criminosa alvo da PF fazia a lavagem de dinheiro do contrabando de cigarros na região do Cone Sul do Estado.
Apreensão de joias e dólares
Vários anéis e pulseiras foram apreendidos em uma das casas dos alvos da operação, assim como dois veículos. Cadernetas da organização criminosa também foram apreendidas, além de quatro celulares. Ainda não há informações do montante apreendido.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, 21 ordens de sequestro e a suspensão de atividade de seis empresas, nas cidades de Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo. Segundo a PF, durante a investigação, foi comprovado que a organização contratava grupo criminoso especializado na cobrança de dívidas do crime.
O grupo efetuava as cobranças em diversos estados do país e, após o recebimento do pagamento por dação em pagamento – entrega de veículo, imóveis -, outro grupo criminoso, que tinha empresários, assumia a autoria com a liquidação dos bens, normalmente com a compra e venda de veículos.
Para operacionalizar todo o esquema, eram feitos atos de lavagem de capitais. Estima-se que a movimentação bancária do grupo tenha ultrapassado R$ 200 milhões em cinco anos. (Colaborou Tá Na Mídia Naviraí)
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