Ainda na quinta-feira (5) foi decretada a prisão preventiva da mulher de 33 anos, detida em flagrante por incendiar o carro de uma família em Corguinho, a 96 quilômetros de Campo Grande. Ela ainda negou o crime na delegacia.
Conforme decisão do juiz plantonista Ronaldo Gonçalves Onofri, a soltura da acusada poderia acarretar estímulo para que ela voltasse a cometer o crime. “Com evidente descrédito à atividade dos órgãos públicos voltados à prevenção e repreensão ao crime, gerando na pequena comunidade local a certeza da impunidade”, pontuou.
“A prisão preventiva, para a garantia da ordem pública, visa não somente a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas resguardar o meio social e a própria credibilidade da justiça em face da gravidade do crime e de sua repercussão”, finalizou.
Com isso, o juiz decretou a prisão preventiva da acusada, que responde pelo incêndio criminoso.
Presa em flagrante
Segundo informações do boletim de ocorrência, foi verificado nas filmagens que a autora do crime usava um moletom cinza com capuz. Além disso, a vítima identificou quem seria a suspeita.
Já por volta das 8 horas, a suspeita procurou a delegacia, informando que a proprietária do carro queimado a teria xingado naquela manhã. Assim, as informações foram repassadas ao delegado.
Com a identificação da autoria, a mulher acabou detida em flagrante. Ela tinha queimaduras no braço direito e também levava um isqueiro na bolsa.
Além disso, o casaco que usava no momento do crime foi encontrado na casa da mulher. Não foi informada a motivação do crime, mas a suspeita responderá pelo incêndio.
Incêndio criminoso
A idosa de 68 anos contou que suspeita de uma vizinha com quem teve um desentendimento. Desde então, os moradores relatam que procuraram a polícia e aguardam providências, entretanto, os incêndios continuam acontecendo com frequência.
Antes, a suspeita era de incêndio criminoso por intolerância religiosa, mas após o terceiro dano na casa, as vítimas instalaram câmeras de segurança. Assim, nesta madrugada as câmeras filmaram a pessoa que invade o quintal da residência.
Ela passeia pelo local e em seguida se aproxima do carro. Pouco depois é possível notar as chamas na parte externa do veículo. Outro carro da família já havia sido incendiado da mesma forma, como relatado no material publicado em dezembro do ano passado.
“Nós não temos paz para dormir, ficamos atentos. Estamos correndo perigo todo dia. Estou com meu marido de 65 anos travado de tanto nervoso com essa situação”, lamenta.
