Morto pela PM na Gunter Hans arrumou briga em boate e queria ‘matar alguém’, segundo testemunha

Testemunha disse que desconhecia arma e drogas encontradas no carro

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Morto pela PM (Henrique Arakaki, Midiamax)

Gabriel Rojas Luna, de 23 anos, morto na manhã desta segunda-feira (14), na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande, teria arrumado confusão em uma boate onde estava entre a noite de domingo (13) e a madrugada desta segunda, conforme testemunha que estava no carro com o rapaz e prestou depoimento aos policiais.

De acordo com o relato das garotas que estavam no veículo Celta, de cor prata, eles estavam em uma boate na Avenida Ernesto Geisel quando Gabriel teria arrumado confusão com outra pessoa no local. Gabriel estava na companhia de uma pessoa conhecida por ‘Sequinho’. 

Depois da confusão, todos decidiram ir embora, já que, segundo elas, Gabriel disse que ‘queria matar alguém’ sem saber dizer quem seria o alvo. Elas disseram que conheceram Gabriel na casa noturna, e que saíram do local quando perceberam a viatura policial. “Vixe, vamos ser enquadrados”, teria dito Gabriel.

Ainda segundo o relato, elas desceram do carro e alegaram não terem visto a arma nas mãos de Gabriel. Um carro que havia fugido ao ver a abordagem passou pelo local de novo e acabou sendo parado. 

A polícia relatou que havia recebido denúncia de que algumas pessoas estavam em uma tabacaria e armadas já que estavam atrás de desafetos que queriam matar. Em rondas pela região, os policiais foram avisados que ocupantes do carro Celta, de cor prata, estavam ameaçando pessoas nas ruas com armas.

E, neste momento, os militares acabaram encontrando o veículo, momento em que houve os tiros contra Gabriel, que teria descido do carro alterado e armado, apontando para os policiais que revidaram.

No carro e no bolso de Gabriel, teriam sido encontradas 13 porções de cocaína. 

Versão da família

A mãe de Gabriel, Rosana Rojas, de 42 anos, contou que achou que o filho havia sofrido um acidente, mas quando chegou ao local viu que ele estava morto depois de ser atingido por pelo menos dois tiros. Segundo Rosana, o filho trabalhava como frentista em um posto de combustível e tinha saído para ir a uma festa.

Na saída, ele teria dado carona para uma amiga e outras duas meninas, quando aconteceu a morte de Gabriel. Muito abalada, ela falou que o rapaz era trabalhador e a única passagem pela polícia foi registrada quando brigou com o tio, onde foi registrado um boletim de ocorrência por vias de fato. 

“O jovem não pode mais então sair agora para se divertir na madrugada?”, disse Ione Cristina Ferreira Luna, autônoma, 32 anos, tia do Gabriel.

Morte de Gabriel

Gabriel Rojas Luna, de 23 anos, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar, na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (14). Três garotas que estavam com ele no carro foram levadas para a delegacia.

Informações repassadas são de que policiais do 10º Batalhão receberam uma denúncia de que havia um suspeito em um veículo Celta que estava armado, no cruzamento da Rua Campestre e da Avenida Gunter Hans. Ao localizarem o suspeito, foi dada ordem de parada.

Nesse momento, o rapaz sacou um revólver e ocorreu a troca de tiros, sendo que o suspeito foi atingido por dois tiros. A viatura Ursa do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local, mas o homem morreu antes de ser socorrido. 

No carro estavam três garotas, sendo uma maior de idade e outras duas adolescentes. Elas foram levadas para a delegacia do Cepol para prestar depoimento. 

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