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Polícia

Major apontado como gerente de jogo do bicho em MS foi preso com anotações sobre grupo de SP

Apontado pelo Gaeco como líder do jogo do bicho em MS, deputado Neno Razuk escapou de prisão por causa de foro privilegiado
Thatiana Melo -
Investigação sobre jogo do bicho. (Foto: Reprodução)

O major aposentado da Polícia Militar Gilberto Luiz do Santos, conhecido como ‘Barba’, é apontado como gerente do jogo do bicho no reduto da organização criminosa, segundo denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a qual o Jornal Midiamax teve acesso com exclusividade.

Segundo a denúncia do Gaeco no âmbito da Operação Sucessisone, ‘Barba’ exerce um controle sobre os integrantes do grupo criminoso no que diz respeito às articulações da organização criminosa para a tomada do controle do jogo do bicho em , sempre atendendo aos comandos do líder, o deputado estadual Roberto Razuk Filho, Neno, do PL. 

Major Gilberto lidava ostensivamente com intermediários, oferecendo treinamento, controlando a ação dos ‘recolhes’ e ‘apontadores’ do jogo do bicho, sem comprometer a imagem do chefe da organização, apontado pelo como sendo Neno Razuk.  

Quando flagrado na casa no Monte Castelo, em outubro deste ano, por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), ocasião em que foram apreendidas 700 máquinas do jogo do bicho, o major havia dito que estava na residência jogando com outras pessoas.

No entanto, no local foi apreendida uma agenda que estava com o militar aposentado, onde constavam nomes e o esquema de funcionamento atual do grupo de São Paulo, que está no controle do bicho em Campo Grande. 

Na agenda ainda foram encontrados os nomes de ‘recolhes’ ligados ao grupo de São Paulo, que estavam na mira do grupo chefiado por Neno Razuk, seja para deixarem o grupo para o qual trabalhavam ou para serem alvos de nova ação. A casa em que o grupo foi encontrado em outubro havia sido alugada por um casal, que serve de base para a organização criminosa em apoio logístico. O aluguel da residência foi acordado em R$ 2.500. 

No dia anterior ao flagrante feito pelo Garras, na casa do Monte Líbano, o grupo havia se reunido definindo que ‘iriam para cima’ dos concorrentes. O major teria participado de um dos roubos dos malotes do grupo rival.

Major Gilberto Luiz foi preso na primeira fase da Operação Sucessione, deflagrada no dia 5 deste mês, quando foram expedidos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã.

O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ele um mandado de busca e apreensão. Na casa do deputado foram apreendidos celulares, uma pistola e um tablete do filho de Neno Razuk.

Segunda fase da Sucessione

Jonathan Gimenez Grance, conhecido como ‘Cabeça’, sobrinho de Jarvis Pavão, Gerson da bateria, ex-fornecedor da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), e o militar aposentado, Carlito Gonçalves conhecido como ‘Gambá’ foram alvos de busca e apreensão na segunda fase da Operação Sucessione, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no último dia 20 deste mês, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax.

Segundo apurado, os alvos das buscas em Campo Grande não foram encontrados, já que pelo menos dois estariam viajando. Conversas extraídas dos celulares apreendidos na primeira fase teriam apontado para os nomes alvos de busca nesta segunda fase da Sucessione. 

O ex-fornecedor da Sejusp prestava serviços de nos veículos da secretaria junto de outras credenciadas, mas atualmente não presta mais o serviço à Sejusp. Nesta segunda fase havia pedido de prisão para o militar aposentado além do mandado de busca. 12 prisões foram convertidas em preventivas. 

Organização integrada por policiais militares

Segundo as investigações, a organização é integrada por policiais militares da reserva e de um ex-policial militar, que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando.

15 pessoas foram indiciadas no dia 19 deste mês por integrarem organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, , entre outros crimes graves.

Investigação confirmou denúncia de servidores que vincularam ‘guerra do jogo do bicho’ com contravenção na Sejusp, conforme antecipou o Midiamax em reportagem no mês de outubro.

O deputado Neno Razuk (PL) foi alvo da operação que cumpriu contra ela um mandado de busca e apreensão. Quatro assessores do deputado foram presos

O empresário José Eduardo Abdulahad foi alvo de mandado de prisão no dia 5 deste mês. Segundo as investigações, a organização criminosa era responsável por diversos roubos praticados em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande, na disputa pelo monopólio do jogo do bicho local.

As investigações constataram, ainda, que a organização criminosa tem ‘grave penetração’ nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.

Pedidos de prisão temporária da 1º fase da Sucessione

  • Diego de Souza Nunes,
  • José Eduardo Abdulahad, conhecido como ‘Zeizo’
  • Júlio César Ferreira dos Santos,
  • Luiz Paulo Bernardes Braga,
  • Major Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como ‘Barba’;
  • Mateus Aquino Júnior;
  • Roberto Razuk Filho, Neno Razuk, que foi indeferido;
  • Sargento Manoel Luiz Ribeiro, conhecido como ‘Manelão’;
  • Taygor Ivan Moretto Pellissari;
  • Tiano Valdenor de Moraes;
  • Valmir Queiroz Martinelli;

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