O líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, teve a prisão preventiva revogada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi publicada no dia 29 de setembro sobre crimes cometidos em 2006 por Marcola.

A decisão foi assinada pelo relator Laerte Marrone, onde o magistrado disse que há o reconhecimento de que houve “excesso de prazo” no julgamento do caso pelo Tribunal do Júri. Segundo o relator, ocorreu o ‘constrangimento ilegal’ com o excesso de prazo. 

Os crimes cometidos em 2006 por Marcola foram de ataques realizados contra policiais militares no estado de São Paulo. Mas mesmo com a decisão da revogação da prisão, o líder do PCC irá continuar preso na Penitenciária Federal de Brasília, onde foi transferido em janeiro de 2023, cumprindo pena que ultrapassa 300 anos, sobre outros crimes que cometeu.

O advogado de Marcola, o advogado Bruno Ferullo Rita, enviou nota à CNN, dizendo que “a segregação cautelar não pode ser mantida sem a devida atenção ao princípio da razoabilidade da prisão”.

Segundo Ferullo, “não é crível que uma pessoa seja mantida presa preventivamente há mais de 16 anos, sendo que a demora no curso da relação processual não pode ser imputada à defesa técnica, afinal, está apenas exercendo seu direito”.

No total, o processo contava com 19 acusados, que respondiam pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, tentativa de homicídio e associação ao tráfico.