A funcionária do galpão incendiado e que teve seu cachorro morto a tiros por uma dupla em uma Volkswagen Amarok, na manhã desta segunda-feira (26), no Bairro Jardim Columbia, conta que viveu momentos de terror e aceitou o emprego de cuidar do local há uma semana. Ela teve seus pertences queimados pelos suspeitos, que estão foragidos, e disse que não pretende mais trabalhar no local.

A mulher explicou que foi contratada para cuidar do galpão e que costumava passar a noite no local, levando os cachorros que moram em sua casa para lá. Ela explicou que permanece no galpão durante o dia e, eventualmente, avisa o patrão que vai para sua casa tomar banho, fazer refeições e cuidar da casa.

Pouco antes do atentado na manhã de hoje, ela já tinha ligado e avisado o proprietário que iria para casa. Por isso, o dono estava a caminho do local, e chegou enquanto os dois suspeitos ainda estavam na caminhonete.

Em entrevista ao Jornal Midiamax, ela relatou que imaginou que a dupla tivesse ido até o galpão “para dar um apavoro”, já que o passageiro desceu da caminhonete armado, provavelmente com um revólver calibre 38. “Na hora que vi eles só consegui gritar ‘não me mata, por favor’. Mas um dos meus cachorros foi para cima deles”, explica.

A vítima afirma que o pastor alemão de nome Oliver, de 7 meses, tentou avançar no suspeito armado, na tentativa de defender a dona. A mulher lembra ter gritado para o cachorro: “corre, Oliver”, quando ele foi em sua direção.

Foi nesse momento que o suspeito atirou no cão, que ainda tentou fugir correndo, mas caiu morto. Em seguida, ele ainda tentou colocar o animal na carroceria, mas o patrão da vítima chegou e fechou uma das entradas do barracão.

Contudo, os suspeitos conseguiram dar a volta e fugir pela outra saída do local. “Eu não sabia que era um negócio tão perigoso. Estou morrendo de medo de ficar aqui, só estou esperando a perícia mesmo”, afirma. Ela ainda relatou que a dupla ateou fogo nos seus pertences, que costumava levar para passar a noite no barracão.

Disputa com vizinho do barracão

A funcionária relatou na delegacia que, durante a semana passada, o guarda do barracão ao lado teria feito ameaças, e uma delas seria de incendiar suas coisas a mando do patrão dele.

Na manhã desta segunda-feira (26), por volta das 6h, o local teria sido incendiado pelo guarda. Em seguida, por volta das 8h, uma caminhonete VW Amarok, com dois homens, teria entrado no local e os suspeitos matado seu cachorro da raça pastor alemão a tiros.

A vítima afirmou que o corpo do cachorro foi colocado na caminhonete, para não deixar prova no local, mas ele conseguiu tirar fotos do animal morto. A funcionária afirmou que está sendo ameaçada de sair do local ou vender o barracão para o vizinho.

Ainda segundo ela, o proprietário do barracão ao lado já tinha contratado uma pá carregadeira para danificar o escritório e a cerca do local, com intuito de intimidar a funcionária.