A Operação Rota da Borracha, deflagrada pela Receita Federal na cidade de Maringá, no Paraná, nesta terça-feira (27), começou a partir de fretes que saíam de Sete Quedas, cidade a 467 quilômetros da Capital, com valores muito abaixo do mercado. Ao todo 12 estabelecimentos comerciais foram fiscalizados durante a operação.

Segundo o site local Portal Paraná, o objetivo da operação é coibir o descaminho de pneus feito em veículos de carga na região de Maringá. As empresas que foram alvos da fiscalização seriam responsáveis pela encomenda, pagamento e revenda de pneus do Paraguai, sem o pagamento de impostos.

As investigações começaram a partir de denúncias dos próprios empresários das áreas de frete e revenda de pneus, que identificaram a concorrência desleal. Além disso, a Receita Federal apreendeu carretas que vinham da região de fronteira com o Paraguai com 22 pneus novos sem documentação.

O transporte ilegal era feito tanto por motoristas de caminhão autônomos como por empresas, que saiam de Sete Quedas e tinham como destino Maringá. O valor cobrado era abaixo do mercado. O real objetivo da viagem era transportar os pneus de forma ilegal.

Ao chegar em Maringá, era feita a retirada dos pneus das carretas, e estes vendidos para os estabelecimentos alvos da operação. Por fim, esses comércios revendiam os pneus a preços menores do que os concorrentes, alimentando o comércio ilícito.

A estimativa é que cada um dos pneus renderia R$ 500 de lucro ao transportador e outros R$ 400 ao estabelecimento que receptaria e revenderia os produtos. Empresários da cidade de Maringá teriam dito que a ação criminosa teria sido responsável pelo fechamento de várias empresas revendedoras de pneus no município.