Na manhã deste domingo (22), Alessandro de Azevedo Monteiro e Marcelo Gomes Lopes foram flagrados tentando fugir do Instituto Penal de Campo Grande. Alessandro foi detido em dezembro, pelo assassinato do francês Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos.

Conforme o registro feito por policial penal, por volta das 11h10 os dois presos foram vistos no telhado do presídio. Assim, pelo sistema de monitoramento os agentes identificaram a tentativa de fuga e contiveram os presos.

Após a contenção, os dois homens foram reconduzidos para uma cela da unidade. Assim, foi registrado boletim de ocorrência por fuga de pessoa presa na forma tentada.

Falso engenheiro

Em 23 de dezembro, Alessandro foi preso em Campo Grande por crime cometido em agosto de 2022, no Rio de Janeiro.

O suspeito, que se passava por engenheiro quando cometeu o crime, foi localizado na região central da cidade, em um pensionato. Então, foi detido mediante cumprimento de mandado de prisão.

Ainda conforme a Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital, o crime foi cometido por Alessandro e dois funcionários. Na época, eles foram contratados por Rodolphe para uma obra.

Também de acordo com o site Extra, o francês viajava por vários países e, após conhecer o Brasil, decidiu morar no Rio de Janeiro. Então comprou uma casa e a reformaria para abrir um negócio.

Assim, contratou Alessandro, que se passava por engenheiro, com um registro do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de um profissional de São Paulo. Já em 20 de julho Rodolphe e Alessandro assinaram contrato para a execução da obra.

O valor total teria sido mais de R$ 180 mil, mas com parte do valor pago, autor e vítima passaram a se desentender. Então, Alessandro então parou de prestar os serviços ao francês, que entrou com ação judicial e contratou um advogado.

Foi assim que ele descobriu que Alessandro não era engenheiro. Já na noite de 27 de agosto, Alessandro, um funcionário e outro pedreiro teriam ido à casa de Rodolphe.

O trio então fugiu levando celular, laptop e videogame da vítima, encontrada morta por vizinhos no dia seguinte. Os pertences foram recuperados logo depois com receptadores.

Na DHC, Alessandro negou o crime e disse que pegou os eletrônicos de Rodolphe como parte do pagamento, mas que os devolveria em seguida. “Em decorrência da perplexidade do caso, a Polícia Francesa, através do Consulado da França no Brasil iniciou uma investigação paralela de cunho internacional em que também foram expedidos mandados de prisões internacionais para os autores”, informou a Polícia Civil do Rio, em nota.