Em depoimento, guarda preso por violência doméstica nega agressões contra a ex

Casal namorou por menos de 4 meses, período em que quatro ocorrências foram registradas

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O guarda municipal, preso na noite de quinta-feira (29) no Bairro José Abrão devido a mandado de prisão preventiva por violência doméstica, negou à polícia que tenha agredido a ex em Campo Grande.

Conforme explicou a delegada responsável pelo caso Fernanda Piovano, o casal teve um namoro de menos de quatro meses e nos últimos dois tiveram quatro ocorrências envolvendo os dois. Nos dois primeiros casos, a ocorrência foi levada pela Polícia Militar, sem depoimento da mulher. O homem afirmava que havia sido agredido.

Na última ocorrência, registrada no sábado (24) ela relatou que foi agredida por dois homens e acredita que seja a mando do guarda, o que ainda está em investigação. Nesse caso, ela contou que entrava em casa quando foi abordada por dois homens, sendo que um permaneceu na motocicleta e o outro desceu empurrando-a. Ela bateu o rosto no chão e ainda foi chutada.

O autor dessas agressões disse que se ela prejudicasse o serviço do guarda era para se considerar morta. À polícia, a mulher contou que não conhece nem sabe quem são os dois que estavam na motocicleta. Com medo, a mulher registrou ocorrência e solicitou medida protetiva.

Delegada Fernanda Piovano investiga o caso (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Por conta da quantidade de registros em curto tempo e relato das testemunhas que confirmaram as agressões por parte dele, foi solicitada a prisão preventiva do autor, que foi cumprida na noite de ontem.

Em depoimento, o guarda negou pelo menos as últimas duas agressões e disse que também foi agredido.

A mulher deve ser ouvida novamente na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher).

O comandante da Guarda, Anderson Ortigoza, explicou que o guarda está em período de férias e que ele foi afastado das funções. Um Processo Administrativo Disciplinar foi aberto e, caso a comissão entenda que excedeu os limites, ele pode ser expulso da corporação.

O crime segue sob investigação.