‘Ela sangrou até morrer’, revelou laudo sobre assassinato de Marta com 30 facadas no rosto

Policial disse no júri que Matheus estava preocupado em saber como passar no concurso da polícia

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Júri acontece em Nova Andradina (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Frieza, assim foi descrita a reação de Matheus Gabriel Gonçalves, de 20 anos, ao saber do assassinato da mãe, Marta Gouveia, em 2022. O corpo da vítima foi encontrado às margens da rodovia, em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande.

O policial que estava no local do crime fazendo a perícia relatou que Matheus também estava no local fazendo perguntas de como fazia para passar no concurso da polícia, o que causou estranheza a ele. Em seguida, a perícia começou a verificar o aparelho celular dele e viu que o chip dele estava no aparelho celular da mãe.

Ainda segundo o depoimento do policial, a moto vermelha que Marta tinha foi vista passando perto do corpo onde a vítima foi encontrada horas depois. No inquérito foi anexado a foto da biz passando por volta de 5h35 da manhã e depois às 5h46, sendo que a última imagem de Marta com vida foi passando próxima a autopeças demonstrando que a biz já se encontrava perto da vítima.

Mesmo quebrando o telefone, a polícia conseguiu recuperar mensagens que foram enviadas pelo Matheus a um amigo onde ele dizia que a mãe havia sido assassinada com uma chave Phillips. No entanto, nem a polícia sabia disso, não havia esta informação, e só no dia seguinte com o laudo apontaram que o instrumento utilizado era exatamente igual ao da chave Phillips.

O laudo sobre a morte de Marta aponta que ela sangrou até morrer, causando a ela um sofrimento desnecessário. Ainda segundo a investigação, logo que Matheus voltou para casa pegou o chip do celular da mãe e colocou no celular dele.

Júri acontece em Nova Andradina (Alicce Rodrigues, Midiamax)

O julgamento e ex-delegados como defesa

O corpo de jurados é composto por quatro mulheres e três homens. Senhas foram distribuídas e o plenário poderá ser ocupado por 55 pessoas, sendo que 11 cadeiras estão reservadas para a família.

Dois ex-delegados fazem a defesa de Matheus, sendo o ex-delegado Cláudio Martins, que atuou na segurança pública de Mato Grosso do Sul, e o ex-delegado de São Paulo, Aparecido Tinte Rodrigues de Farias, que disse ao Jornal Midiamax que irão provar a Inocência de Matheus. “Temos provas e vamos provar isso ao corpo de jurados, eu gravo todo o júri que eu faço”, disse Tinte.

Assassinato de Marta

Matheus tinha 18 anos quando foi acusado de matar a mãe a golpes de faca, desferidos no rosto e no pescoço. O crime aconteceu no dia 23 de janeiro de 2022, no entanto, o filho nunca admitiu a autoria. Mateus, que alega inocência, apontou um parente do ex-marido da mãe como autor do assassinato, sem dar mais detalhes, ou informar o que teria motivado o crime.

A polícia garante que o comportamento do rapaz, durante os depoimentos, foi um dois primeiros sinais de que ele tivesse matado a mãe. As investigações confirmaram a suspeita e apontaram o jovem como autor do crime.

Matheus foi preso no dia 3 de fevereiro de 2022 e 30 dias após a prisão temporária, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Dourados, no Sul do Estado, onde permanece.

Conteúdos relacionados