Com inquérito parado, pai cobra indenização de R$ 400 mil após acidente que matou filha grávida
Giselly Freitas, que estava grávida, e o marido Adenilson Ferreira morreram na MS-276 em outubro de 2019
Lívia Bezerra –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Com o inquérito policial parado há 4 anos, um pai está cobrando indenização de R$ 400 mil após o acidente que matou sua filha Giselly Freitas de Brito, que estava grávida, e o genro Adenilson Ferreira Pereira, na MS-276, entre o distrito de Indápolis, município de Dourados, e Deodápolis, em 4 de outubro de 2019.
Além de ter que lidar com a dor da perda da filha, grávida de 6 meses na época, e do genro, Cícero Pacheco, de 48 anos, ainda tem o luto interminável devido à falta de atenção por parte do judiciário e polícia com o inquérito, parado desde março de 2021. “A gente queria que nosso luto terminasse, mas até hoje a justiça foi falha conosco”, lamenta o pai.
Ele ainda se recorda que a paixão do casal era a fazenda, local que estavam indo momentos antes do trágico acidente, e ressalta que o ocorrido foi um propósito divino. “Os dois adoravam fazenda, inclusive no dia do acidente estavam indo para uma fazenda a passeio, em Dourados. Mas nós [eu e minha esposa] entendemos que foi um propósito de Deus, que quis recolhê-los”, disse.
Ação judicial
Ao ver que o inquérito não segue adiante mesmo após 4 anos do acidente, Cícero acionou um advogado e entrou com uma ação judicial por perdas e danos cobrando a indenização de R$ 400 mil. O advogado de defesa, Agnaldo Florenciano, alega que o inquérito está parado na delegacia e, por isso, o caso não tem seu devido andamento.
“Nós protocolamos um pedido de urgência, sempre relatam que volta do MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) para novas diligências, mas essas diligências não são feitas”, explicou.
Porém, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Depac Dourados, onde o caso foi registrado, e foi informada de que o inquérito policial foi encerrado em 11 de março de 2021 pela 2ª DP (Delegacia de Polícia) de Dourados. Além disso, um relatório foi enviado ao MPMS.
A defesa também se coloca no lugar da família, que há anos busca uma solução para o caso. “Imagina o luto dessa família que perdeu três entes queridos de uma vez só e até hoje não viu justiça nesse caso. Para nós, como profissionais do direito, é extremamente complicado porque nós também entramos na situação do cliente. E ano que vem já será o 5º ano sem respostas”.
A reportagem entrou em contato com o MPMS, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.
O acidente
A gestante Giselly Freitas de Brito, de 18 anos na época, estava com o marido que pilotava uma moto e colidiu com um veículo Toyota Corolla, na noite de sexta-feira, 4 de outubro de 2019, na MS-276. O marido, Adenilson Ferreira Pereira, de 22 anos, morreu no local do acidente.
Giselly sofreu vários ferimentos pelo corpo e traumatismo craniano. Ela chegou a ser socorrida e foi encaminhada ao Hospital da Vida de Dourados, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O carro teria caído em um buraco existente na pista, provocando a perda da direção do motorista, segundo informações do jornal MS News. Ao perder o controle da direção, o veículo saiu da pista e, ao voltar, foi atingido na lateral esquerda pela motocicleta, que vinha no sentido contrário.
Quanto aos ocupantes do veículo, o motorista e o carona que saíram de Nova Andradina, nada sofreram.
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Itaú vai estabeler que Pix por WhatsApp tenha limite de R$ 200 por dia na fase inicial
O primeiro grupo de clientes com acesso ao produto terá cerca de 5 mil pessoas
Relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke tem reforço na segurança pessoal
Segurança da parlamentar em Brasília é apoiada pela Polícia Federal, enquanto em MS, foi criada uma uma escolta
VÍDEO: Colisão na BR-163 entre Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante deixa rodovia parcialmente interditada
Ainda não se sabe a dinâmica da colisão
Conselho da agência nuclear da ONU condena o Irã pela 2ª vez no ano por falta de cooperação
O conselho de fiscalização nuclear do órgão também pediu por respostas sobre partículas de urânio encontradas em dois locais que não foram declarados como instalações nucleares
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.