Assassino que se escondeu em MS após matar ator de Chiquititas vai a júri popular em SP
Assassino que se escondeu em MS após matar ator de Chiquititas vai a júri popular em SP
Danielle Errobidarte –
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O comerciante Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator de Chiquititas Rafael Miguel e os pais do jovem, em junho de 2019, vai a júri popular, conforme decisão do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) divulgada nesta quinta-feira (13). Cupertino chegou ficar oito meses escondido em Eldorado, cidade a 445 quilômetros da Capital, após o crime. Ele utilizava nome falso e evitava exposições nas ruas.
O julgamento ainda não tem data para acontecer, mas os outros dois amigos de Cupertino, suspeitos de terem colaborado com a fuga dele após os assassinatos, também devem ser julgados, segundo apuração da Folha de São Paulo.
Paulo foi preso somente no dia 15 de maio de 2022, quase três anos após o crime. Cupertino foi detido por policiais da 6ª Seccional e encaminhado ao 98º Distrito Policial, na Zona Sul de São Paulo. O delegado responsável informou que as equipes receberam denúncias de que o suspeito estava na capital paulista.
Conforme o portal G1, Cupertino era o primeiro nome na lista dos criminosos mais perigosos e procurados de São Paulo, inclusive incluído na Difusão Vermelha da Interpol. Ele teria assassinado a família por não aceitar o namoro da filha Isabela Tibcherani, de 18 anos, com o ator Rafael.
Os pais do ator, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50 anos, também foram assassinados. Cupertino responde por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Assassino de ator se escondeu em MS
De acordo com o delegado Pablo Ricardo Campos dos Reis, da Delegacia de Polícia Civil de Eldorado, todos ficaram surpreendidos ao descobrirem quem Paulo realmente era. O foragido usava o nome de Manoel Machado da Silva e evitava exposição. “Era um indivíduo pacato. Saía apenas para ir a lotérica ou para comprar cigarro”, disse.
Durante a pandemia, deixou a barba crescer e saía apenas de máscara, dificultando ainda mais que fosse identificado. “Ele teve contato com muitas pessoas por causa do trabalho no assentamento, mas ninguém nunca desconfiou de nada, por isso todos foram pegos de surpresa”, explicou o delegado que ajuda a Polícia Civil de São Paulo.
Pablo explica que as investigações eram conduzidas pelo Departamento de Homicídios do estado vizinho, mas diz que a polícia sul-mato-grossense tem prestado apoio. O delegado ressaltou ainda que o dono da chácara responsável pela contratação de Cupertino, identificado como Alfonso Helfenstein é piloto de avião e também é foragido.
“Contra ele há um mandado de prisão por tráfico”, disse Pablo. Alfonso já havia sido preso em 2008 por transportar 300 quilos de maconha. Os dois foram vistos pela última vez na terça-feira da semana passada, onde há registro de pouso e decolagem de uma aeronave na propriedade de Alfonso. É possível que ambos tenham fugido juntos.
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