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Polícia

Após vídeo de espancamento e confessar guardar armas, defesa de Rios pede absolvição aos jurados

Defesa de Rios diz que acusações são 'presunção' e que não há provas de envolvimento no assassinato de Matheus Coutinho
Thalya Godoy, Mirian Machado -

Na defesa do ex-guarda municipal , o advogado Márcio Vidal falou durante os debates que Rios não é intermediário do assassinato e que só estar vinculado a Name e por conhecer Juanil ‘não prova nada’ e pede absolvição do réu. Ele está sendo julgado por envolvimento no assassinato de Matheus Coutinho, morto por engano no lugar do pai, Paulo Xavier, o PX.

Sobre o vídeo exibido de manhã pela acusação em que Rios aparece fardado de guarda municipal espancando outro homem, a defesa alega que “ele não pode ser culpado pelo crime julgado hoje por causa desse episódio”.

Advogado afirma que não há prova que mostre que a arma usada no crime saiu do arsenal que estava sob responsabilidade de Rios. Assim, a defesa pontua que é somente presunção dizer que ele descartou a arma ou que esteve no arsenal, porque não há prova disso. “Presunções, presunções, presunções”, disse o advogado.

“É muito fácil dizer que Marcelo Rios é intermediário”, disse Vidal, explicando que na denúncia consta que Rios seria intermediário por conta de cinco pontos, por ter escolhido Juanil e Zezinho, depois por ter entregue aos executores o armamento pesado, ter entregado o veículo usado no crime, por captar junto à Vlad informações sobre PX e por mandar fazer o monitoramento da casa da vítima.

“Não tem provas. É uma presunção. Não tem provas”, afirmou a defesa sobre envolvimento de Rios como intermediário do crime.

Depoimento de delegado

O vídeo do depoimento do delegado Carlos depondo no júri foi exibido. Nas imagens Delano responde ao ser perguntado, que não tem provas que provem que Rios entregou o veículo ou a arma. Delano ainda citou que a ligação com outros crimes é o modus operandi com uso de armas de grosso calibre e queima de veículos usados no crime.

Celulares de Juanil e Zezinho foram apreendidos e não têm nada que possa ligar a Rios, não há dados telemáticos que os liguem. Explicou ainda que não há prova que mostre que a arma usada no crime saiu do arsenal que estava sob responsabilidade de Rios. “Laudo da PF sobre as armas apreendidas com o Rios, fala dos projéteis retirados do corpo de Mateus e das armas do arsenal. Apenas uma arma do arsenal tinha calibre compatível, porém a perícia afirma que essa arma não foi usada no crime”, explicou.

Vidal afirmou aos jurados que Rios não está sendo julgado pela Operação Omertà, na operação ele responde em oito processos, foi condenado em alguns crimes e absolvidos outros, mas para que o foco seja este caso.

A defesa comentou que não se orgulha do vídeo apresentando sobre espancamento que Rios cometeu. “Não tem justificativa. A agressão mostrada em vídeo de Rios usando uniforme da guarda contra uma pessoa, mas que ele não pode ser culpado pelo crime julgado hoje por causa desse episódio”, afirma.

O que motivou as execuções?

As investigações demonstraram que e Jamil Name Filho teriam ordenado a morte de Paulo Xavier. PX já teria atuado com a família na prestação de serviços enquanto também atuava como policial militar.

Inclusive, já teria feito segurança particular de Jamilzinho, na época em que ele teve uma briga com Marcel Colombo, o ‘playboy da mansão’, em 2018. Marcel foi assassinado a tiros em uma cachaçaria da cidade, também segundo a investigação a mando da família Name.

Foi nessa época que PX conheceu o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, com quem passou a ter uma relação próxima. Paulo Xavier também tinha vínculos com a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial.

Nesse período, Antônio foi procurado pela associação, para resolver pendências comerciais e negociar propriedades. Foi então que passou a negociar com a família Name, que se viu em prejuízo financeiro.

Depois, PX teria passado a prestar serviços para o advogado e parou de atender a família Name. Foi então que os líderes decidiram pela morte do policial. No contexto da denúncia, é relatado que a organização criminosa se baseava na confiança e fidelidade, por isso o abandono ao grupo foi mal visto.

A partir da ordem de execução de Paulo Xavier, homens de confiança da família Name foram acionados para colocarem o plano de morte em prática. São eles Marcelo Rios, ex-guarda municipal de Campo Grande, e o policial aposentado Vladenilson Olmedo.

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