Adolescente morto a tiros em sítio teria participação em latrocínio com outros menores

Adolescente com outros três menores de 16 e 17 anos, matou a tiros e depois jogou o corpo do idoso no Rio Amambaí

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Sobrinho do homem baleado é suspeito de roubar matar homem para roubar caminhonete (Foto: Divulgação/ Dracco).

O adolescente, de 14 anos, morto a tiros ao lado de um homem, identificado como Edivaldo da Silva Santos, de 46 anos, na noite de terça-feira (11) teria participação no latrocínio ocorrido em agosto do ano passado contra Luiz Venitte Reina, de 68 anos, na mesma cidade, Itaquiraí, 402 quilômetros de Campo Grande.

A informação apurada pelo portal Tá na Mídia Naviraí é investigada pela polícia. Na época, o adolescente ao lado de outros três menores de 16 e 17 anos, matou a tiros e depois jogou o corpo do idoso no Rio Amambaí. Os envolvidos fugiram após roubarem da vítima uma caminhonete Hilux, uma moto Honda Bross, um revolver calibre 38, dinheiro, louças, roupas e cobertas da casa de Luiz.

Assassinato do adolescente

Edivaldo da Silva Santos, de 46 anos, e o adolescente de 14 anos foram encontrados assassinados na noite de terça-feira (11). Informações passadas pela Polícia Militar são de que vizinhos ouviram barulhos por volta das 20h30 e quando saíram perceberam que duas pessoas fugiam correndo do sítio.

Em seguida, ao entrarem no local encontraram as vítimas assassinadas a tiros, sendo que uma delas estava caída na varanda e a outra na sala. A perícia foi acionada e não se sabe os motivos para o crime ou quem poderia ter cometido. O caso é investigado.

Luiz Venitte Reina, de 68 anos, vítima de latrocínio

Latrocínio em 2022

Um dos garotos apreendidos na época contou que foi convidado por outro adolescente para cometer o roubo da camionete e da motocicleta de Luiz. Um dos envolvidos já teria trabalhado para o idoso e passou todas as coordenadas. Eles teriam ido até um conhecido para pedir uma espingarda emprestada e afirmaram que seria para caçar perto do rio. No dia do crime, um dos adolescentes pediu para o pai que o deixassem próximo ao rio para caçarem. 

Já no rio, os adolescentes foram a pé até a casa de Luiz, onde encontraram a vítima na porta da residência. Eles começaram a conversar com a vítima e disseram que estavam a espera de uma carona, pois chovia naquele momento. Nesse meio tempo, Luiz pediu para ver a espingarda que o adolescente carregava.

Luiz chegou a perguntar se o adolescente queria vender a arma, e o garoto respondeu que venderia pelo valor de R$ 700, mas o idoso devolveu a arma dizendo que iria pensar. O garoto ainda revelou perceber que Luiz carregava em sua cintura um revólver.

Quando Luiz saiu do interior da casa foi surpreendido pelo adolescente que atirou contra seu abdômen. A vítima tentou reagir e tirar da cintura a arma, mas caiu no chão de barriga para baixo, assim, o garoto desferiu mais um tiro na nuca de Luiz. Ele chegou a dizer que deu o outro tiro mesmo sabendo que Luiz já estava morto.

Mais de 500 km de viagem

Após o assassinato, os adolescentes roubaram a camionete e a motocicleta, colocaram o corpo na carroceria da Hilux e jogaram a vítima no Rio Amambai. Os garotos, então, foram até a cidade de Japorã, chegando ao município às 21h20, para tentar vender a Hilux pelo valor de R$ 50 mil, mas não conseguiram achar comprador.

Depois foram para a cidade de Mundo Novo, chegando por volta das 22h20, e lá também não conseguiram vender a camionete. Eles então voltaram para Itaquiraí e novamente foram até a casa de Luiz de onde levaram vários objetos e bebidas da vítima. Durante todo o percurso nas rodovias do Estado, os adolescentes não foram parados pela polícia.

Em seguida, apenas um dos adolescentes na condução da camionete resolveu seguir para Campo Grande, mas antes passou na casa de sua namorada de 11 anos para levá-la com ele. O garoto foi para casa de sua irmã e contou que havia cometido o crime, escondendo a arma embaixo da geladeira da residência. Em seguida, ele foi junto da criança para casa do sogro da irmã e foi localizado pela polícia dormindo na Hilux junto da menina. 

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