Abandonado, imóvel onde homem foi morto é ‘abrigo’ para usuários e preocupa moradores

Desde que local passou a ser ocupado por viciados, moradores perceberam aumento da criminalidade

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(Foto: Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Abandonada, a unidade de tratamento de água desativada no bairro Jardim Sayonara, na região oeste de Campo Grande, tornou-se abrigo para usuários de drogas. A situação gera medo e preocupação para os moradores que reclamam sobre o aumento da violência por conta dos ‘moradores’ do local.

No início da tarde desta segunda-feira (27), Edileu Ramalho Floriano Junior, vulgo Marlboro, 20 anos, morreu ao reagir a uma abordagem realizada por equipe do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar).

Segundo as informações, o homem não morava na ‘casa’, mas era apontado como suspeito em uma série de furtos na região. Testemunhas disseram à equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que ele passou a noite no local. “Ele amanheceu aí usando drogas“, relatou um morador.

Além dele, outros usuários de droga utilizam o local para fazerem uso e venda de entorpecentes. Moradores do bairro dizem que a violência na região aumentou desde que eles começaram a ocupar o espaço.

“Esse local traz muita insegurança para nós, ainda mais como nossos filhos. Não podemos ficar na frente de casa porque sempre tem usuários, fumando e brigando. Eles não respeitam ninguém e não se importam se as crianças estão por perto. Fumam maconha logo cedo”, diz uma moradora, de 23 anos.

Outra moradora, de 29 anos, que preferiu não se identificar, afirma que o horário mais crítico é por volta das 5 horas, quando alguns moradores saem para trabalhar. “Tem muitas pessoas, e principalmente mulheres, que precisam ficar no ponto de ônibus e ficam lá morrendo de medo do que pode acontecer porque os usuários ficam rondando, estão sempre por perto”, ressalta.

Segundo os moradores, as reclamações são constantes, no entanto, nenhuma providência foi adotada. A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Águas Guariroba e foi informada de que a unidade não pertence mais à concessionária desde 2014, quando foi revertida para o município.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande foi acionada e informou que uma equipe será enviada ao local para averiguar a situação. “A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) informa que uma equipe de fiscalização será encaminhada ao local citado para levantamento quanto à situação do imóvel para encaminhamentos futuros”, diz a nota enviada à reportagem.

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