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Polícia

VÍDEO: Com retroescavadeira, equipes desocupam área e 70 famílias são retiradas do Los Angeles

Famílias dizem que perderam até alimentos e roupas
Renata Portela -
Ação aconteceu nesta segunda - Foto: Fala Povo/Midiamax

Na manhã desta segunda-feira (13), famílias que ocupavam uma área na região do Los Angeles, em , viram os barracos sendo destruídos com o que havia dentro. Este é o relato das aproximadamente 70 famílias, que estavam vivendo no local desde sexta-feira (10).

Equipes da e GCM (Guarda Civil Metropolitana) acompanharam a ação da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). “A gente não tem onde morar. O que vamos fazer agora?” disse ao Midiamax um dos moradores.

Ele contou que a esposa está grávida e que eles não têm para onde ir. “Destruíram comida, roupas, a gente nem tem onde ficar hoje”, disse. Em vídeos feitos pelos moradores é possível ver a ação. Com um trator, com pá escavadeira, as equipes derrubaram os barracos.

“Nossa casa está no chão. Era a única moradia que eu tinha, destruída”, disse uma moradora. “E agora, o que a gente vai fazer se a única comida que a gente tinha destruíram? A única cama que a gente tinha, destruíram! A única coberta que a gente tinha, destruíram!”, lamentou a moradora.

A Semadur esclareceu que tomou a medida por se tratar de invasão. Foi questionado sobre possível oferecimento de abrigo às famílias, mas não houve resposta. Confira a nota:

A Semadur esclarece que o local citado trata-se de uma área pública, portanto, conforme o Código de Polícia Administrativa – Lei n. 2909, a invasão de área pública se configura em ato infracional, conforme o Artigo 5º, § 2º que diz: “Verificada a invasão de logradouro público, o Executivo Municipal promoverá as medidas Judiciais cabíveis para pôr fim a mesma”, desta forma, constatada a ocupação indevida da área pública, por meio de invasão, são tomadas as providências cabíveis ao caso.

Famílias ocuparam terreno

Na manhã da última terça-feira (7), as cerca de 70 famílias iniciaram a limpeza de um terreno na Rua Brígida de Melo, no bairro , em Campo Grande. Sem condições de arcar com aluguel, alimentação e passando por necessidades, um grupo de pessoas decidiu ocupar o local para a construção improvisada com lonas, madeira e a esperança de ter um lugar para morar.

70 famílias estavam no local
Cerca de 70 famílias fazem parte da ocupação – Foto: Marcos Ermínio

Segundo os representantes do grupo, eles chegaram ao local na segunda-feira (6). Já na terça começaram a limpar o matagal, rastelando o mato e ateando fogo no lixo. Eles ressaltam que o espírito é de união, pois enquanto um corta o mato, outro rastela, já que a expectativa é que até o fim do dia o lote esteja limpo e com boa parte dos barracos erguidos.

Uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) esteve na área, conversando com alguns deles e informando que um representante da Amhsaf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) chegaria para um diálogo.

Cristy Roni Araujo, de 41 anos, está desempregado, está no lugar por lutar por um pedaço de terra e viver com os filhos. Ele disse que orientou aqueles que já têm uma casa que deixassem o movimento e dessem espaço para quem realmente precisa. “Está aqui quem não tem lugar para morar. Ninguém está invadindo um terreno privado, mas da Prefeitura. Preferem que vire um em vez de dar lugar para as pessoas morarem?”

Ele explicou que, quando chegaram, o local estava abandonado, com mato alto e reclamação de que a região era perigosa. “Só estava servindo para ajuntar lixo. Ninguém quer o terreno para vender, precisamos muito de um lugar para morar”.

*Matéria editada para acréscimo de nota

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