Policial civil é preso acusado de estuprar detenta em ‘Sala Lilás’ de delegacia no interior de MS
Ele teria tentado comprar o silêncio de outros presos com um celular
Renata Portela –
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Investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, lotado em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, foi preso acusado de estuprar uma detenta na noite da última segunda-feira (11). A mulher, de 28 anos, confirmou para a delegada que foi vítima de violência sexual por parte do policial civil e deu detalhes do caso.
O policial civil é acusado de retirar a mulher da cela da delegacia e a estuprar na Sala Lilás, sala destinada para atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. Câmeras da delegacia registraram o momento em que o investigador retira a interna da cela e também quando ele entrega um celular para outros presos.
Conforme o site local, Região News, o policial teria entregado o celular para tentar silenciar os detentos. O crime foi descoberto na manhã de terça-feira (12), quando o caso foi registrado e o investigador preso. Os presos teriam solicitado a presença da delegada e, então, relatado os fatos.
Os internos contaram que ouviram a vítima chorando na noite anterior. Foi então que a mulher revelou para os internos que foi estuprada pelo policial. Os detentos ainda teriam questionado o investigador, porém ele respondeu que nada tinha acontecido.
Policial tentou omitir o crime
A princípio, o servidor alegou que a presa estava menstruada e por isso teria retirado a vítima da cela. No entanto, a delegada conversou com a vítima, que contou o ocorrido. Segundo relato da mulher, o investigador foi até a cela dizendo que o advogado dela estava no local para conversar.
A detenta foi retirada da carceragem e levada até uma sala, com sofá cinza. Na sala havia brinquedos de crianças espalhados pelo chão, local identificado depois como a ‘Sala Lilás’ da delegacia. O investigador obrigou a vítima a manter relação sexual sem consentimento.
A vítima ficou bastante abalada e teria contado sobre o caso chorando. Ela ainda foi ouvida em novo depoimento e contou que já no dia 4 de abril o mesmo policial civil a levou para um quarto, onde havia uma bicama e um banheiro. Ela também foi estuprada pelo mesmo investigador naquela ocasião.
Após o crime, a mulher foi obrigada a tomar banho. O policial também ameaçou a vítima naquela ocasião, dizendo que iria atrás dela “até no inferno”, caso ela contasse sobre os estupros para alguém. As filmagens mostram o momento em que a vítima foi retirada da cela na segunda-feira, e que retorna aproximadamente 20 minutos depois.
O celular foi entregue pelo policial aos presos por volta das 19h30. A interna que dividia cela com a vítima foi ouvida como testemunha e também confirmou que a colega foi retirada da cela. O policial civil foi preso em flagrante.
Caso é investigado pela Corregedoria
Conforme apurado pelo Midiamax junto à assessoria da Polícia Civil, o policial foi preso em flagrante pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O caso segue em segredo de Justiça por determinação da lei e todas as medidas já foram tomadas pelo órgão correcional.
O policial está preso em uma cela da 3ª Delegacia de Campo Grande.
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