Polícia investiga se assassinato de mulher tem ligação com morte de irmão há menos de um mês
Irmão da vítima foi assassinado com 11 tiros na casa onde morava com ela, no início do mês
Ranziel Oliveira, Mirian Machado –
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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fabrício Dias dos Santos, da sexta delegacia, uma das linhas de investigação é verificar se a morte de Ana Claudia Gonçalves Martinez na tarde desta quarta-feira (26), que também deixou seu marido ferido, tem ligação com a morte de seu irmão Leandro Gonçalves Martinez, vulgo “Magrelo”, assassinado com 11 tiros no último dia 3, na Vila Aimoré, também em Campo Grande.
A mulher é natural de Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. Segundo o delegado, a suspeita é por conta do curto período de uma morte para outra. Em conversa com familiares, não houve relatos de que um ex-namorado da vítima pudesse estar envolvido. A princípio a perícia constatou no corpo dela perfurações na mão, pé, costas, barriga e três na cabeça.
A ex-cunhada da vítima havia comentado mais cedo que suspeitava que a morte de Ana e do irmão fosse uma espécie de vingança, porém não quis relatar o porquê.
O marido de Ana também foi ferido. Socorrido, ele foi transferido em estado grave para a Santa Casa. Segundo o hospital, o homem, de 55 anos, deu entrada com ferimento na região temporal direita, mandíbula, virilha e abdome. Está sedado e intubado em atendimento na urgência e emergência em estado gravíssimo, aguardando estabilização para realização de exames.
Testemunhas relataram que o autor dos tiros, que estava em uma motocicleta de cor prata, havia passado ao menos quatro vezes na casa da vítima hoje pela manhã. Depois, aguardou embaixo de uma árvore o momento do crime.
Ao visualizar o veículo da vítima chegando, o homem correu a pé para o imóvel e atirou contra o marido da mulher que descia do carro. Em seguida, perseguiu a vítima e a matou na varanda da casa próximo à porta de entrada. O casal estava junto há 21 anos.
Assassinato de “Magrelo”
Vizinhos disseram no dia que ouviram barulho de alguém carpindo quintal na casa da vítima, em seguida, o barulho parou e logo ouviram cerca de três disparos. Ao saírem para ver o que era, viram a vítima caída com uma perfuração grande na cabeça.
O corpo do homem ficou caído em frente à residência ao lado do próprio carro. O socorro foi acionado, mas o homem morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Testemunhas ainda relataram que ouviram barulho de pneu de carro ‘arrancando’, depois um veículo branco passando no local devagar.
“Magrelo” era suspeito da morte de Felix Ruben Martinez Fernandes, em julho de 2020.
Na época, informações passadas por testemunhas eram de que Félix estava consertando um carro, por volta das 18 horas, quando um homem conhecido por Leandro teria se aproximado a pé e perguntado se a vítima se chamava Ruben, sendo que fez neste momento os disparos de pistola 9 mm.
Cinco tiros atingiram Félix, que morreu no local antes mesmo da chegada do socorro. As testemunhas apontaram onde o autor morava, mas ele não foi encontrado pela polícia, que investiga o caso e a motivação para o crime.
Leandro ainda é acusado de matar outra pessoa quando tinha 17 anos, em 2016. Claudio Luiz da Silva foi assassinado e ‘Magrelo’ era suspeito da morte. Testemunhas contaram que duas pessoas em uma Saveiro, de cor prata, passaram atirando contra a vítima e logo depois fugiram.
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