A Polícia Civil espera que a amiga de Michelli Alves Custódio, de 36 anos, receba alta da Santa Casa de Campo Grande para ouvi-la em depoimento sobre o acidente que matou a secretaria no dia 13 deste mês. Os filhos de Michelli viram ela ser atropelada e ter o corpo arrastado.

Segundo o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, foi constatado que o pneu do carro Renault Sandero, dirigido por Charles de Goes Junior, estourou depois que ele atropelou Michelli. Sobre a velocidade, o delegado disse que ainda espera pelos laudos. 

Ainda segundo Daltro, o homem que pulou na frente do carro para tentar conter a fuga de Charles disse nessa segunda-feira (17), quando foi ouvido na delegacia, que não se lembrava de muita coisa após o impacto da batida. 

No dia 14, a Justiça decretou a prisão preventiva de Charles. A decisão foi proferida pelo juiz Francisco Vieira de Andrade Neto. 

Bebeu por 9 horas

O motorista confessou em depoimento, após a sua prisão na madrugada do dia 13, que bebeu por cerca de 9 horas seguidas. Ele ainda disse que não se lembrava de ter atingido alguém. Michelli sofreu politraumatismo e os filhos de 8 e 10 anos presenciaram o acidente.

Além de Michelli, o motorista também atropelou uma mulher que conversava com ela na calçada e um pedestre que tentou impedir a fuga. Ambos foram socorridos para a Santa Casa de Campo Grande e seguem internados.

O motorista contou que estava assistindo ao jogo do Corinthians e ingeriu bebidas alcoólicas. Na saída, ele disse que o pneu estourou, o que o fez perder o controle do veículo Renault Sandero. Ele atropelou Michelli e uma mulher transexual, que foi socorrida inconsciente para o hospital pelo Corpo de Bombeiros.