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Polícia

Operação da PF mira clientes de doleiro que usou contatos em MS para se esconder

Doleiro dos doleiros foi preso na primeira fase da operação
Renata Portela -
Dinheiro foi apreendido (Divulgação, PF)

Nesta terça-feira (17), a realiza a Operação Enterro dos Ossos, de combate a crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento da Operação Patrón, que prendeu o doleiro Dario Messer, que chegou a se esconder no Paraguai e em cidades de fronteira, em Mato Grosso do Sul.

Nesta terça, os 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em e no Rio de Janeiro, contra clientes do doleiro. A operação é um desdobramento da Patrón, deflagrada em novembro de 2019, para aprofundar as investigações sobre pessoas que mantiveram bens e recursos no exterior, não declarados às autoridades brasileiras.

Os envolvidos podem responder pelos crimes contra o sistema financeiro nacional. Enterro dos Ossos, nome da operação, é a expressão brasileira sobre o costume das famílias voltarem a se reunir no dia seguinte à ceia de Natal, para continuarem a refeição do dia anterior.

As investigações do esquema criminoso, a partir da Operação Patrón e Câmbio Desligo, apreendeu materiais que foram analisados e resultaram na ação para busca de elementos que comprovem a prática de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em paraísos fiscais.

Ao todo, foram apreendidos 58.340 dólares, 1.750 euros e R$ 5.700. No total convertido em reais, o valor é de R$ 304.000, dinheiro encontrado em dois endereços de Ipanema, no Rio de Janeiro. Também foram apreendidos celulares, mídias e documentos.

Doleiro usava cidade em MS para encontros

Horacio Cartes e doleiro Messer são considerados irmãos de alma
Horacio Cartes e Messer são considerados irmãos de alma. Foto: ABC Color

Myra de Oliveira Athayde, presa em 2019, era apontada pela Polícia Federal como comparsa de Dario Messer. O casal se encontrava em território paraguaio e chegou a usar como rota para despistar as autoridades cidades de Mato Grosso do Sul.

Investigações pela polícia paraguaia em contribuição com a PF levaram a identificar Myra, que namorava Messer. Ela foi apontada como ‘calcanhar de Aquiles’ do doleiro, o que teria levado ele a cometer erros pontuais que resultaram na .

Os investigadores identificaram as viagens feitas tanto por Myra quanto por Messer ao , utilizando como rota voos diretos do Rio de Janeiro ou São Paulo. Em algumas ocasiões, eles teriam chegado a utilizar como rota, pousando no território sul-mato-grossense e seguindo de carro para o país vizinho.

Ainda havia evidências de que o casal se encontrava nas cidades de fronteira seca e “com fraco controle migratório”, conforme pontuado pelas delegadas da Polícia Federal no pedido de prisão do doleiro. Messer foi preso em São Paulo. A namorada e também a mãe dela foram detidas durante a Operação Patrón.

Operação Patrón

A operação foi deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato, como desdobramento da Operação Câmbio Desligo. Os alvos em Mato Grosso do Sul foram o empresário Orlando Mendes Gonçalves Stedile e o fazendeiro Antônio Joaquim Mendes Gonçalves Mota, fazendeiro que deu abrigo a Messer.

Mandados de prisão também foram expedidos contra o ex-presidente do Paraguai, Horácio Manuel Cartes, e o dono do Shopping China, Felipe Corgono Alvarez. Os pedidos de prisão temporária foram expedidos pela 7º Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Foram 37 mandados sendo 16 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, cumpridos nas cidades de Rio de Janeiro e Armação dos Búzios, grande São Paulo e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai.

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