‘Não tinha cargo suficiente’, diz membro do PCC negando participação em tribunal que decapitou ‘Alemãozinho’
Sandro Lucas foi decapitado após descobrirem que ele era membro da facção rival, Comando Vermelho
Arquivo –
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Durante o julgamento, nesta quarta-feira (9), Rafael Aquino, conhecido como ‘Enigma’, e Adson Vitor, conhecido como ‘Ladrão de Almas’, negaram ser membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), como também negaram conhecer a vítima, Sandro Lucas, o ‘Alemãozinho’, decapitado por fazer parte da facção rival, Comando Vermelho.
Adson contou que cuidava de um ferro-velho junto da mãe antes de ser preso e nunca tinha visto Sandro Lucas. ‘Ladrão de Almas’ disse que cuidava da rua, onde um carro, de cor preta, passou no dia do desaparecimento de Sandro o levando embora, mas que não tinha participado do sumiço dele.
Ainda segundo Adson, ele não tinha cargo suficiente para participar do tribunal do crime, por isso, só cuidava a rua. Já Rafael Aquino ficou em silêncio e nada disse durante o julgamento.
Desaparecimento e morte
Sandro Lucas de Oliveira, de 24 anos, que desapareceu em dezembro de 2019 foi decapitado por Sidney de Jesus Rerostuk, de 27 anos, preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). O ‘Missionário’, como era conhecido dentro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi encontrado em sua casa no Jardim Bálsamo.
O assassinato de Sandro teria sido ordenado pelo PCC porque o rapaz era da facção rival CV (Comando Vermelho). A vítima foi decapitada e os restos mortais encontrados em uma chácara, no bairro Chácara dos Poderes. A indicação do local onde estava o corpo foi feita por Sidney.
Sidney estava na companhia da esposa quando foi preso em sua casa. Na residência, os policiais encontraram dentro de uma caixa porções de cocaína. A mulher de Sidney contou que o marido é faccionado há 9 anos e que dentro do PCC tem o cargo de missionário, o responsável por ‘finalizar a vítima’. O membro da facção estava em liberdade condicional e tinha passagens por roubo, tráfico de drogas, receptação e homicídio.
Em junho de 2020, a polícia havia feito uma operação que capturou oito suspeitos do envolvimento com o desaparecimento de Sandro, em Campo Grande, ocorrido em dezembro de 2019. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão de adolescente.
Durante os trabalhos, outras três pessoas que não eram alvos imediatos foram presas em flagrante por tráfico de drogas, sendo que, dessas, duas eram foragidas do sistema penitenciário. Com eles foi encontrada droga destinada à comercialização e petrechos para preparação do entorpecente.
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