A terceira fase da operação Kryptos, denominada Valeta, cumpriu mandados em e em São Paulo, nesta quinta-feira (3), contra uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, e um de prisão. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal. Foi descoberto que uma advogada era responsável pela administração de duas empresas com sede em Campo Grande.

Ela desenvolvia o papel de intermediar a movimentação financeira entre a principal empresa investigada na operação Kryptos e empresas estabelecidas no exterior, fato esse, inclusive, que possibilitou a continuidade das atividades ilícitas desenvolvidas pela referida empresa, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação.

A atividade de intermediação das movimentações financeiras ilícitas se intensificou após a deflagração da citada operação, em agosto de 2021, em claro desafio ao sistema judiciário brasileiro. Esse braço da organização foi responsável pela criação de uma corretora de criptoativos, com o intuito de obstar a ação de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso, por parte dos órgãos da persecução penal.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais e, se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.