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Polícia

Membros do PCC são condenados a 64 anos de prisão por decapitar homem em Campo Grande

Três membros do PCC foram absolvidos
Renata Portela, Thatiana Melo -
(Henrique Arakaki, Midiamax)

Após 16 horas de julgamento, três membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram condenados pelo assassinato de Rudnei Silva, em 2017. As penas somadas chegam a 64 anos de . A vítima foi decapitada em tribunal do crime.

Foram condenados Cristiane Gomes Nogueira Pereira – por homicídio qualificado, organização criminosa, cárcere privado, com pena de 19 anos de reclusão -, Rodrigo Roberto Rodrigues – por homicídio qualificado, organização criminosa e cárcere privado, com pena de 22 anos de reclusão – e Roberto Railson Maia da Silva – por homicídio qualificado, organização criminosa e cárcere privado, com pena de 23 anos e 6 meses.

Já Rogério Silva, Lucas Carmona, Mike Davison e Ayume Chaves da Silva foram absolvidos. Durante a primeira audiência do caso, Lucas Carmona de Souza, 20 anos, ‘deu show’ na frente do , em 2018.

‘Ela dava ordens’

Durante o julgamento, o investigador Célio Rodrigues Monteiro disse que Cristina Gomes Nogueira seria a líder, já que tinha maior poder de decisão na região. Segundo o investigador, ela era a “presidente de bairro” no quesito de liderança da facção. Ainda segundo o depoimento dele, foi ela que decidiu fazer o julgamento. O investigador ainda revelou que Cristina articulou tudo, chamando os outros membros do PCC.

“Ela dava as ordens, só foi dispensada porque nas facções mulher mata mulher e homem mata homem, por isso ligou para o Hamilton, que tinha um envolvimento amoroso”, disse o investigador que ainda falou que ela poderia ter cessado com o julgamento de Rudnei. “Ela poderia ter cessado a sentença de morte na primeira cantoneira, mas prosseguiu”.

Primeira audiência

Durante a primeira audiência sobre a morte de Rudnei Silva, decapitado a mando do PCC, um dos suspeitos, Lucas Carmona de Souza, ‘deu show’ na frente do juiz responsável pelo caso. Depois de se afastar cerca de 10 minutos do plenário alegando mal-estar, Lucas afirmou que havia mentido e pediu para que o depoimento anterior fosse desconsiderado e feito novamente.

Na primeira versão, o suspeito negou que conhecesse Cristina Gomes Nogueira Rodrigues, apontada como a ‘disciplina’ do grupo criminoso, responsável por conduzir o ‘julgamento’ da vítima. Ele também afirmou que foi até a casa onde Rudnei seria sentenciado apenas para visitar uma conhecida e que não sabia que o encontro terminaria na morte da vítima, contrariando a versão que havia apresentado durante esclarecimentos que prestou quando a morte ainda era investigada pela Polícia Civil.

Ao ser confrontado, o jovem disse que estava passando mal e solicitou que o depoimento fosse suspenso temporariamente. Ao retornar para a audiência, Lucas voltou atrás e confessou que era amigo de Cristina, e que teria sido chamado por ela para fazer a contenção da vítima caso fosse preciso. No entanto, o suspeito teria sido dispensado do serviço porque estava bêbado, o que é proibido pelas regras da facção.

“Eu ouvi a Cristina conversando com uma pessoa no celular dizendo que eu não tinha condições de ficar lá porque estava bêbado. Depois ela chegou em mim e falou pra eu ir embora. Eu me despedi do Rudnei, dei um abraço nele e falei que tudo ia ficar bem”, relatou.

Ao juiz, o rapaz contou que a vítima foi levada a julgamento porque teria se aproximado do grupo rival ao PCC, o Comando Vermelho, o que teria sido considerado por criminosos. Mesmo sabendo o motivo pelo qual a vítima estava na casa onde foi julgada e ciente do veredito quase certo, Carmona não saiu do local e não acionou a polícia. “Fiquei sabendo dois dias depois que ele tinha morrido”, disse.

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