morreu após cair de um pé de manga em Dois Irmãos do Buriti, a 115 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a diretora, a mãe foi com o garoto ao hospital na última sexta-feira (31), afirmando que ele havia caído de um pé de manga. Ainda segundo o hospital, o médico plantonista disse que ele teria que ficar em observação e, possivelmente, poderia ser transferido.

Ainda segundo o hospital, a mãe então se recusou e fugiu com a criança sem que ela ao menos fosse medicada. Consta no boletim de ocorrência, que a mãe retornou na manhã do dia seguinte (1º) ao hospital, com a criança já em óbito, para que ela fosse atendida. Médico de plantão teria tentado reanimar a criança que já tinha falecido. O caso foi registrado como omissão de socorro qualificada se resulta morte e morte a esclarecer.

Versão da família

Familiares da criança contaram que Juan estava brincando quando caiu do pé de manga. Com a queda, o menino não conseguia se levantar e sentia muitas dores.

“Ele até fez as necessidades na roupa. A gente levou correndo para o hospital e quando chegamos lá, ainda mandaram dar banho no menino antes do atendimento”, disse um parente da vítima.

A mãe de Juan, Elisangela Santos Carvalho, de 36 anos, denuncia que o Hospital Municipal Cristo Rei não prestou o devido socorro ao filho.

“Não realizaram exames. Meu filho estava passando mal, ele tinha batido a cabeça. Deixaram em observação, mas sem medicamentos. Após ficar várias horas esperando e ele sem tomar remédio eu fui perguntar se ele já podia receber alta, mas uma enfermeira disse que eu poderia ir e que era pra eu voltar se acaso o Juan não ficasse bem”, lembrou a mãe.

Ainda segundo Elisangela, ela levou o filho para casa e ele ficou bem. No dia seguinte à queda, a mãe explica que chegou a conversar com o filho, mas que a criança foi a óbito minutos depois.

“Conversei um pouco com ele e fui fazer café, mas quando voltei meu filho estava desacordado. Saímos desesperados em busca de ajuda e o levamos para o hospital, mas ele acabou morrendo”, lamentou.

Para a mãe, exames feitos com antecedência e um rápido atendimento teriam salvado a vida de seu filho. “O Juan chegou e me mandaram dar banho nele antes do médico atender. Não fizeram exames, não se importaram”, disse.

Familiares de Juan adiantam que devem registrar um boletim de ocorrência ainda nesta terça-feira (4). “Eles registraram um BO, mas querem jogar os erros deles nas minhas costas”, explicou a mãe.

Investigação

De acordo com o delegado Jackson Vale, uma investigação deve ouvir todas as partes envolvidas já nos próximos dias. Ele alega que aguarda os resultados dos exames que informam as causas da morte da criança para prosseguir.