No início da semana, Mayra de Lima Luna, de 22 anos, e Bruno José Feliciano, 21 anos, foram denunciados pelo homicídio de Douglas Novaes Rocha, 27 anos. O crime aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o casal de amantes matou Douglas com ao menos 11 facadas, no pescoço, tórax, costas, abdômen, ombro e mão esquerdos. Após o crime, os acusados ainda ocultaram o cadáver da vítima.

O corpo de Douglas foi levado pelo casal até uma valeta, nas margens de um córrego na região da Fazenda Coqueiro. Os acusados ainda foram denunciados por fraude processual, já que alteraram a cena do crime, “inovando artificiosamente o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com fim de induzir a erro o juiz ou o perito”.

A denúncia aponta que Mayra era casada com Douglas, com quem tem os três filhos, de 2, 6 e 7 anos. No entanto, ela mantinha um relacionamento extraconjugal com Bruno há aproximadamente dois meses. Dias antes do crime, o marido acabou descobrindo a traição e entrou em contato com um amigo, contando sobre o fato e ainda dizendo eu a perdoaria e continuaria com o casamento.

Mayra, porém, não queria manter o relacionamento e decidiu matar Douglas, com ajuda do amante. Na noite anterior ao crime, Douglas foi até a casa do amigo e os dois passaram a noite bebendo. Ele recebeu uma ligação de Mayra, chamando para ir embora, e foi para casa. Embriagado, ele deitou no sofá e dormiu.

Assim, Mayra telefonou para Bruno, que foi até a casa. A mulher ficou no quarto com um dos filhos, enquanto Bruno deu as facadas em Douglas. O primeiro golpe no pescoço fez com que a vítima acordasse e tentasse reagir, quando foi ferida na mão. Ao todo foram 11 facadas. Após a morte, o casal colocou o corpo da vítima no porta-malas do próprio carro.

O corpo foi desovado em uma valeta e Mayra voltou para casa, onde limpou a cena do crime. Bruno limpou o carro, com ajuda de uma outra pessoa, e depois fugiu. A acusada ainda chegou a procurar pela vítima em vários lugares, dizendo que tinha discutido com ele na noite anterior e que Douglas não tinha voltado para casa.

Foi o pai de Mayra que comunicou o desaparecimento do genro, momentos após o corpo ter sido encontrado. Ela foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos e acabou confessando o homicídio, sendo presa em flagrante.

O casal teve prisão preventiva decretada e Bruno ainda não foi encontrado. O casal foi denunciado por homicídio qualificar por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel, além de ocultação de cadáver e fraude processual.