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Polícia

PCC comemora pedido de prisão contra PMs e quer que promotora transfira faccionados da ‘Máxima’

Prints de grupo 'Família 1533' revelam supostos membros de facção chamando policiais de 'vermes do lixo do Choque'
Renata Portela, Renan Nucci -
Imagem ilustrativa

Em grupo de WhatsApp, supostos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) dizem que membro do MP responsável por pedir a prisão de policiais do Batalhão de Choque “tá fechado” com eles. A intenção ainda seria de pedir para que ele solicitasse transferência dos ‘irmãos’ que atualmente estão encarcerados no Presídio de Regime Fechado da Gameleira.

“Essa nossa que fecha com o 1533, ela que afastou os vermes. Esses dias nós com os gravatas, para levar uns nomes dos irmãos que estão na super máxima. Para ela ver os processos deles, para tentar fazer transferência dos irmãos por cadeia aqui na Máxima (sic)”, diz mensagem de um dos integrantes do grupo.

Os membros ainda trocam fotos de armas e figurinhas, comemorando o pedido de feito pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) contra quatro policiais do . O pedido não foi acatado pelo Judiciário, mas os militares foram proibidos de atuarem na região do Aeroporto.

‘Zap’ do PCC

Ainda no grupo, chamado de ‘Família 1533′, número que faz alusão à ordem das letras da sigla PCC no alfabeto, os suspeitos enaltecem o trabalho de uma promotoria de Justiça que estaria “fechada” com eles, e alegam que graças a um pedido de prisão de quatro policiais feito pela promotoria, as equipes deixaram de realizar rondas na região do Jardim Aeroporto.

“Essa daqui é promotora que tá fechada com nós tá fazendo o papel da hora né mano afastou a choque tava atrapalhando nós […] tamo junto ai mais a doutora (sic)”, lê em um dos comentários publicados no grupo. Outro criminoso, identificado como chefe de uma das gerais do PCC chama os policiais de “lixos” e “vermes”, bem como questiona se uma integrante do grupo conseguiu ferrar com os militares da unidade especializada da PM.

“[…] conseguiu ferrar com os vermes da choque? (sic)”, questiona. Outro faccionado responde: “Familha vamos ta dando fortalecimento para irmã ela conseguiu (sic)”. Toda a conversa diz respeito à abordagem dos policiais do Batalhão de Choque realizada contra traficantes da região do Jardim Aeroporto e que teve como uma das pessoas envolvidas a mulher, citada no grupo do PCC.

‘O Estado é mais organizado do que o crime’

Após as conversas que seriam entre membros de PCC serem divulgadas, o secretário Antônio Carlos Videira, da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e ) ressaltou que os criminosos que comemoram decisão do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), sobre o pedido de prisão dos policiais militares, estão equivocados.

“O MP não é feito de um promotor, mas de um grupo de defensores da lei. Assim como a Segurança Pública é feita de um grupo de homens e mulheres que defendem a população do crime organizado”, pontuou. “A decisão judicial foi para um fato isolado e alguns policiais, porém, a PM, a Sejusp e toda instituição continuará agindo como sempre agiu e com apoio da Justiça e do MP”, afirmou o secretário.

Videira ainda disse “O crime é organizado sim, mas o Estado é mais organizado e mais do que isso, é unido e atua um apoiando o outro”.

Entenda a abordagem

Conforme noticiado ontem pelo Midiamax, o MPMS pediu a prisão de quatro agentes do Batalhão de Choque após uma ação contra traficantes no dia 21 de junho do ano passado. Os indivíduos alvos da ação, que já tinham passagens pela polícia, alegaram que os militares agiram de forma truculenta, inclusive contra a mulher ligada ao PCC e que seria companheira de um dos abordados.

Os agentes, por sua vez, disseram que houve resistência no ato da abordagem, motivo pelo qual foi necessário o uso de força. Independentemente disso, os suspeitos denunciaram a equipe policial, que se tornou alvo de procedimento investigatório. Neste sentido, o MPMS representou pela prisão preventiva dos servidores por tortura, injúria, violação de domicílio e lesão. No entanto, não está expresso nos autos se o promotor que pediu a prisão é, de fato, a promotora citada pelos faccionados.

No entanto, o juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, entendeu que não havia elementos para a prisão, mas aplicou medidas cautelares para que os quatro policiais envolvidos fossem impedidos de realizar rondas na região do Jardim Aeroporto, onde os fatos ocorreram e local de moradia dos traficantes abordados.

A decisão foi obedecida, mas as informações extraoficiais são de que o Choque deixou de policiar a região para evitar represálias do MPMS, uma vez que as viaturas são caracterizadas da mesma forma, assim como todos os policiais têm o mesmo fardamento, motivo pelo qual poderia haver fácil confusão e um novo imbróglio judicial.

O Jornal Midiamax acionou o MPMS no dia da publicação da matéria e também nesta quinta-feira (22), para posicionamento, mas ainda não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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